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O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta sexta-feira (7) em alta, com investidores reagindo à desaceleração do IGP-DI em janeiro. Agentes do mercado também repercutem os resultados do Bradesco (BBDC4) no quarto trimestre e aguardam dados do mercado de trabalho dos EUA, com o payroll.
Por volta das 10h13 (horário de Brasília) o marcador estava em alta de 0,12%, aos 126.325 pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma alta de 0,10%, cotado a R$ 5,7693.
Em meio às preocupações gerais com ajustes fiscais, inflação desancorada e câmbio, o mercado responde à desaceleração do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), divulgado nesta sexta-feira (7). O índice cresceu 0,11% em janeiro, ante 0,87% no mês anterior.
Também mexem com o Ibovespa os resultados do Bradesco no quarto trimestre de 2024. O banco teve um lucro líquido recorrente de R$ 5,402 bilhões no quarto trimestre de 2024, um aumento de 87,7% em relação ao mesmo período de 2023 e um crescimento de 3,4% comparado ao terceiro trimestre do ano passado.
Enquanto isso, investidores aguardam o payroll de janeiro nos EUA, com dados sobre a criação de vagas de emprego. “O payroll sempre mexe com os ativos de risco e induz eventuais mudanças de comportamento e atitude do comitê de política monetária do Fed” destaca o coordenador de economia da APIMEC Brasil, Alvaro Bandeira.
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
Apesar de uma desaceleração no último mês, o IGP-DI tem uma alta acumulada de 7,27% em 12 meses. Em janeiro de 2024, o índice havia recuado 0,27%, com um acumulado de queda de 3,61% em 12 meses.
A alta da Selic, unida à valorização do dólar ante o real, fizeram com que o Bradesco reduzisse seu apetite a risco no quarto trimestre do ano passado, como afirmou a jornalistas o presidente-executivo do banco, Marcelo Noronha, nesta sexta-feira (7). “Estamos trabalhando de uma forma mais conservadora”, comentou o executivo.
Nos EUA, os dados do payroll podem dar mais pistas sobre as próximas decisões do Fed (Federal Reserve) a respeito dos juros. Dirigentes da instituição já afirmaram que não deve haver aumento na taxa, mas investidores mostram cautela antes da divulgação dos dados de emprego nos setores público e privado do país norte-americano.
Investidores também estão de olho no BC (Banco Central), que vai fazer um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional nesta sexta-feira (7), com o objetivo de continuar a rolagem do vencimento de 5 de março de 2025. Além disso, há repercussão da entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a rádio de Pernambuco.
O ministro defendeu que a aprovação da reforma tributária vai ajudar a indústria a exportar e que o governo já corrigiu, no ano passado, distorções no déficit público. Ele também acredita que o dólar está perdendo força, após valorização com a eleição de Donald Trump no ano passado.
No mercado externo, investidores também respondem à saída do Panamá da Nova Rota da Ceda, programa de infraestrutura chinês, após pressões de Trump.
EUA
A queda da Amazon no after hours traz um impacto negativo para a abertura das bolsas de Nova York. Os índices futuros dos EUA operam em leve queda nesta sexta-feira (7), com os investidores adotando uma postura cautelosa antes da divulgação do payroll, dado que ele pode alterar as projeções sobre as taxas de juros.
Um número abaixo das expectativas pode fortalecer as apostas por uma maior flexibilização do Federal Reserve, enquanto resultados superiores ao esperado podem ter o efeito oposto.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,02%
S&P 500 Futuro: -0,03%
Nasdaq Futuro: -0,04%
Bolsas asiáticas
Os mercados da região Ásia-Pacífico encerraram o pregão sem uma tendência definida, com os investidores analisando o corte na taxa de juros promovido pelo Banco Central da Índia e os dados sobre os gastos das famílias japonesas.
O Banco Central indiano reduziu sua taxa de juros em 25 pontos-base, para 6,25%, marcando o primeiro corte em quase cinco anos, com o objetivo de estimular a economia que apresenta sinais de desaceleração, aproveitando a queda da inflação.
Shanghai SE (China), +1,01%
Nikkei (Japão): -0,72%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,16%
Kospi (Coreia do Sul): -0,72%
ASX 200 (Austrália): -0,11%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados operam de forma mista após o recorde alcançado na véspera, impulsionados pela divulgação de uma série de resultados corporativos e pela redução de juros de 0,25 ponto percentual pelo Banco da Inglaterra.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,08%
DAX (Alemanha): +0,10%
CAC 40 (França): +0,09%
FTSE MIB (Itália): 0,00%
STOXX 600: +0,09%