O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo, abriu em alta nesta terça-feira (12). Por volta das 10h15 (de Brasília), o índice avançava 0,57% a 117,619 mil pontos, influenciado por dados dos EUA e pela alta na cotação do petróleo.
A divulgação por parte do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre a taxa de volume de serviços prestados no Brasil, na manhã desta terça-feira (12), influenciou a abertura do Ibovespa. Segundo o instituto, houve uma queda de 0,2% no mês de fevereiro, em comparação ao mês de janeiro. Esse foi o segundo recuo consecutivo no país.
Através da PMS, a Pesquisa Mensal de Serviços, o IBGE também registrou a alta de 7,4% no volume de serviços referente ao mês de fevereiro do ano passado. Apesar disso, a perde acumulada de dezembro até o segundo mês de 2022 já é de 2%.
Segundo a divulgação, o setor de serviços apresentou resultados 5,4% maiores do que os divulgados em fevereiro de 2020, no último mês pré-pandemia. Apesar disso, o nível registrado foi 7% menor do que a maior alta da história, em novembro de 2014.
De acordo com Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, o setor de pesquisa teve nível mais estacionário. “Ainda que haja um predomínio de taxas negativas, o saldo desses 6 meses ficou em 0,1%, ligeiramente positivo e muito próximo da estabilidade”, explica um dos responsáveis pela pesquisa.
A alta do petróleo ao redor do mundo em 4,77% também foi destaque na abertura da B3, com ações da Petrobras (PETRA) registrando aumento de 1,53% às 10h24 (de Brasília).
Já no cenário internacional, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou também nesta manhã, o CPI norte-americano (índice de preços ao consumidor do país). Foi registrada a alta de 1,2% no mês de março, comparada ao índice de fevereiro. Na comparação com o mês de março do ano anterior, o crescimento foi de 8,5%.
Além disso, o departamento publicou também os dados referentes ao núcleo de inflação, que resultaram em alta de 6,5% comparados a março de 2021, e de 0,3% frente a fevereiro deste ano.
Com a alta da inflação e as expectativas voltadas às novas declarações do FED (o banco central norte-americano), as bolsas do país abriram em queda.
Dow Jones (EUA), -1,19%
S&P 500 (EUA), -1,69%
Nasdaq (EUA), -2,18%
No mercado europeu, as principais bolsas da região abriram em queda após as novas declarações do governo norte-americano sobre os dados da inflação no país, além dos acionistas do continente aguardarem os posicionamentos do FED sobre o provável aumento de juros dos EUA para combater a inflação.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,53%
DAX (Alemanha), -0,19%
CAC 40 (França), +0,14%
FTSE MIB (Itália), -0,0,59%
O mercado asiático, por sua vez, registrou fechamentos em alta após a recuperação das últimas negativas de algumas bolsas da região.
A flexibilização de algumas medidas restritivas contra a covid-19 também contribuíram para fechamentos em alta, porém, o anúncio inflacionário dos EUA ainda preocupa os acionistas asiáticos, resultando em oscilações nas principais bolsas. O mesmo acomete o Ibovespa.
Nikkei (Japão), -1,81%
Kospi (Coreia do Sul), -0,98%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,52%
Shanghai SE (China), +1,46%