Abertura do mercado

Ibovespa abre em alta com dados do PMI de serviços; dólar cai

Investidores voltam do feriado atentos a dados no Brasil e nos EUA e à repercussão das tarifas de Trump

Ibovespa
Ibovespa / Foto: Canva

Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta quarta-feira (5) em alta, na volta do feriado de Carnaval em que investidores reagem a informações dos EUA e do Brasil. Agentes do mercado respondem aos dados do PMI de serviços e estão atentos às repercussões da imposição de tarifas pelos EUA.

Por volta das 13h17 (horário de Brasília) o marcador estava em alta de 0,22% aos 123.070 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma queda de 1,51%, cotado a R$ 5,7965.

O Ibovespa voltou a abrir às 13h desta quarta-feira (5), depois de passar o feriado de Carnaval fechado, com mercados abertos no exterior, que mostraram forte volatilidade nas sessões de segunda e terça-feira, comenta o coordenador de economia da APIMEC Brasil, Alvaro Bandeira. Às 14h, o BC (Banco Central) divulga o Boletim Focus.

A atividade de serviços medida pelo PMI (Índice de Gerentes de Compras) cresceu tanto no Brasil (de 47,6 para 50,6, segundo a S&P Global), com uma alta na demanda, quanto nos EUA. No país norte-americano, o PMI de serviços subiu para 53,5 em fevereiro, ante 52,8 em janeiro, segundo dados do ISM (Institute for Supply Management).

O destaque para as tarifas dos EUA predominou nos mercados globais durante o feriado e continua nesta quarta-feira (5). Entraram em vigor, nesta terça-feira (4), tarifas de 25% às importações do México e do Canadá, além de taxas de 20% aos produtos chineses. Outras tarifas podem estar por vir.

Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa

Os bancos voltaram a funcionar às 12h e as negociações da B3, às 13h, já observando os dados do PMI divulgados pela S&P Global nesta quarta-feira (5), que mostraram um movimento contrário ao apontado pelo ISM. De acordo com a empresa, o índice dos EUA caiu de 52,9 em janeiro para 51,0 em fevereiro.

EUA

Os contratos futuros de Nova York registraram uma virada positiva ontem à noite após Howard Lutnick, secretário de Comércio dos EUA, indicar que Trump poderia anunciar ainda hoje algum “alívio” nas tarifas para o Canadá e o México, com negociações em andamento para um possível acordo.

Essa mudança de postura veio pouco depois de a Casa Branca confirmar a manutenção das tarifas, inclusive para a China, o que levou a novas retaliações por parte dos países afetados. O mercado reagiu às possíveis consequências para a inflação nos EUA.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -1,55%

S&P 500 Futuro: -1,22%

Nasdaq Futuro: -0,35%

Bolsa asiáticas

Com a China conseguindo manter sua meta de crescimento para este ano, as bolsas asiáticas terminaram o pregão em alta, apesar das tensões comerciais geradas pelas tarifas de Trump e pelas retaliações dos países envolvidos.

O governo chinês estabeleceu uma meta de crescimento de 5% para 2025, igual à do ano anterior, sinalizando confiança e um possível apoio maior das políticas governamentais para impulsionar a demanda.

Além disso, o PMI de serviços da China subiu de 51 para 51,4 de janeiro para fevereiro, indicando uma expansão mais robusta no setor. Outras praças asiáticas também fecharam em alta.

Shanghai SE (China), +0,53%

Nikkei (Japão): +0,16%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,84%

Kospi (Coreia do Sul): +1,16%

ASX 200 (Austrália): -0,67%

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados registraram altas expressivas na terça-feira (4), mas o tom ainda é de receio causado pela implementação das tarifas de Trump sobre México, Canadá e China superando as expectativas de um aumento no investimento da União Europeia (UE) no setor de defesa.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,60%

DAX (Alemanha): +3,64%

CAC 40 (França): +2,27%

FTSE MIB (Itália): +1,85%

STOXX 600: +2,31%