Ibovespa abre em alta acompanhando crescente europeia; dólar cai

Fechamento das bolsas dos EUA colocam mercado da Europa em destaque

O Ibovespa opera em alta nesta segunda-feira (30). Por volta das 10h07 (de Brasília), o índice avançava 0,62% a 112.587 mil pontos, impulsionado pelo destaque das bolsas europeias e pela recuperação mundial. Enquanto isso, o dólar cai em dia de feriado nos EUA.

Com o fechamento das bolsas norte-americanas por conta do feriado do Memorial Day, Wall Street deixou de ser a maior referência para o Ibovespa nesta segunda (30), que abriu de forma positiva visando o mercado corporativo nacional e os desdobramentos financeiros na Europa.

Contudo, o Livro Bege do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) e o payroll dos EUA serão anunciados ainda nesta semana.

Com isso, o dólar opera em baixa na manhã desta segunda (30). Às 10h18 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava retração de 0,61%, vendida a R$ 4,700.

Logo, no Brasil, as atenções dos acionistas no início do dia estão voltadas para a divulgação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado). O índice registrou desaceleração de 0,52% no mês de maio, e confirmou o aumento de 10,72% nos últimos 12 meses.

No ambiente corporativo, a Eneva (ENEV3) decidiu fazer uma oferta de R$ 6 bilhões pela Celse (Centrais Elétricas do Sergipe), a maior usina termelétrica da América Latina, de acordo com o “Brazil Journal”.

O negócio, que está na reta final, ainda não foi fechado, porém, caso haja a confirmação da transação, a companhia também assumiria R$ 5 bilhões em dívidas da empresa, que possui um Ebtida (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1 bilhão.

A Light (LIGT3) também foi notícia. A companhia adquiriu energia no leilão de Energia Nova A-4, ao contratar 77,8 MW médios, ao preço médio de R$ 258,16/MWh.

Por sua vez, a Suzano (SUZB3) anunciou o fornecimento de 50 MWm de energia ao preço de R$ 315/MWh, a fim de suprir as demandas reguladas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) na última sexta-feira (27).

Já na Europa, o sentimento dos investidores é de otimismo por conta dos ganhos e das recuperações das principais bolsas da região. 

Com o fechamento das bolsas norte-americanas, o mercado da zona do euro foi um dos principais termômetros no início desta semana.

A alta do petróleo e a flexibilização das medidas restritivas na Ásia foram positivas para o mercado europeu, que aguarda os desdobramentos de um novo embargo da UE (União Europeia) sobre as importações do óleo russo.

Enquanto isso, alguns dos principais representantes do BCE (Banco Central Europeu) realizam comentários sobre o aperto monetário vigente na região.

Philip Lane, economista chefe do BCE (Banco Central Europeu) defendeu, em entrevista ao “Cinco Días”, a alta de 25 pontos-base na taxa de juros da região.

Joachim Nagel, dirigente do BCE, por sua vez, afirmou que a instituição deveria elevar a taxa básica de juros várias vezes em 2022.

Além disso, os acionistas da região também aguardam a divulgação de diversos indicadores na zona do euro, começando pelo CPI (Índice de preços ao consumidor) da Alemanha no mês de maio, que será divulgado ainda nesta segunda (30). 

– FTSE 100 (Reino Unido), +0,013%
– DAX (Alemanha), +0,55%
– CAC 40 (França), +0,57%
– FTSE MIB (Itália), +0,31% 

Enquanto isso, as bolsas asiáticas seguem reagindo ao relaxamento das medidas restritivas na China.

A reabertura de supermercados e comércios locais em Pequim e Xangai movimentou positivamente a reação das bolsas da região, além do plano de recuperação econômica divulgado pelo governo chinês.

Além disso, o presidente do BoJ (Banco do Japão), Haruhiko Kuroda, também anunciou que incrementará novas medidas para a reação positiva das ações tecnológicas no país, e da recuperação geral da economia japonesa. 

– Nikkei (Japão), +2,19%
– Kospi (Coreia do Sul), +1,20%
– Hang Seng Index (Hong Kong), +2,06%
– Shanghai SE (China), +0,60%

Além disso, a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto), que acontecerá ainda nesta semana, permanece no radar dos acionistas para o comportamento do Ibovespa nos próximos dias.

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