O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta sexta-feira (10) em leve alta, apesar do aumento nas projeções do Relatório Focus para a inflação. Nesta semana, investidores estão atentos à divulgação da inflação ao consumidor nos EUA, na quarta-feira (15), e do IBC-Br, na quinta-feira (16).
Por volta das 10h20 (horário de Brasília) o marcador estava em alta de 0,19%, aos 119.080 pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma queda de 0,14%, cotado a R$ 6,0932.
A projeção do Relatório Focus para a inflação em 2025 passou de 4,99% para 5,00%, no boletim divulgado pelo BC (Banco Central) nesta segunda-feira (13). Para 2026, as previsões também aumentaram, de 4,03% para 4,05%. Por sua vez, a expectativa mediana para a taxa Selic ficou estável, em 15% neste ano.
Os investidores também estão atentos à agenda para os próximos dias, com destaque para a divulgação da CPI (inflação ao consumidor) nos EUA, na quarta-feira (15). Outra publicação importante é a do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do BC) de novembro, prevista para quinta-feira (16).
Já no cenário político, o Ibovespa é influenciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem diversas reuniões marcadas para esta segunda-feira (13). Entre elas estão os encontros com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
O Relatório Focus também manteve inalteradas suas previsões para o valor do dólar em 2025, em R$ 6,00; para o PIB (Produto Interno Bruto), de 2,02%; e para a inflação em 2027, em 3,90%. Já para 2028, a perspectiva para a inflação subiu de 3,50% para 3,56%. Em relação ao IGP-M em 2025, a projeção também ficou estável, em 4,87%.
Na agenda política, Lula também se reúne com Sidônio Palmeira, novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), e com o Secretário de Comunicação Institucional da Secom, Laércio Portela. Por sua vez, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, comparece a evento do Bradesco Asset Management às 10h.
Internacionalmente, o Ibovespa reage ao governo dos EUA. Investidores acompanham as notícias do país para ter pistas sobre o novo mandato do presidente eleito, Donald Trump, que assume o cargo em 20 de janeiro.
EUA
Os índices futuros dos EUA iniciam a semana em baixa nesta segunda-feira (13), à medida que os investidores se preparam para uma série de dados importantes, incluindo a inflação de dezembro e os resultados dos grandes bancos.
Após um relatório de empregos (payroll) mais forte do que o esperado na semana passada, que resultou em queda nas ações, o mercado está preocupado com a possibilidade de o Fed adotar uma postura mais cautelosa, o que geraria incertezas sobre eventuais cortes nas taxas de juros.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,20%
S&P 500 Futuro: -0,48%
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Nasdaq Futuro: -0,69%
Bolsas asiáticas
Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram o dia no vermelho, após o relatório de empregos dos EUA ter diminuído as expectativas de cortes rápidos nas taxas de juros pelo Fed.
Na China, as exportações e importações de dezembro superaram as previsões. As exportações cresceram 10,7% em relação ao ano anterior, superando a expectativa de 7,3%, enquanto as importações surpreenderam com um aumento de 1%, contrariando a previsão de queda de 1,5%.
Shanghai SE (China), -0,25%
Nikkei (Japão): fechado por feriado
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,00%
Kospi (Coreia do Sul): -1,04%
ASX 200 (Austrália): -1,23%
Bolsas europeias
Os mercados europeus também operam em baixa, com investidores atentos aos rendimentos dos títulos do governo da zona do euro e do Reino Unido, após os rendimentos atingirem novas máximas de vários meses na semana passada.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,33%
DAX (Alemanha): -0,36%
CAC 40 (França): -0,39%
FTSE MIB (Itália): -0,35%
STOXX 600: -0,54%
