O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, abriu o pregão desta quinta-feira (30), após o Copom (Comitê de Política Monetária) decidir elevar a Selic para 13,25% ao ano, enquanto o Fed (Federal Reserve) manteve os juros inalterados, conforme previsto.
Por volta das 10h20 (horário de Brasília) o marcador apresentava um ganho de 1,02%, aos 124.689 pontos.
O dólar comercial seguia o mesmo sentido do índica, ao passo que avançava 0,75%, cotado a R$ 5,90.
Enquanto os investidores analisam as mensagens dos bancos centrais, o mercado aguarda novos indicadores econômicos tanto do Brasil quanto dos EUA.
No cenário nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciará com a imprensa em breve.
Ibovespa avança após postura “suave” do Copom
Embora a elevação de 1 ponto percentual na Selic não tenha sido uma surpresa, o tom mais suave da comunicação do Copom foi interpretado de maneira positiva por alguns investidores.
O dólar no mercado internacional se mantém praticamente estável, enquanto as taxas dos Treasuries recuam, refletindo a decisão do Fed de manter os juros inalterados.
Ao mesmo tempo, os ativos brasileiros respondem ao aumento da taxa de juros pelo Banco Central do Brasil.
Por volta das 10h, o índice DXY, que acompanha o desempenho do dólar frente a uma cesta de outras moedas, registrava uma leve queda de 0,03%, marcando 107,96 pontos. O mercado aguarda os dados sobre o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referentes ao quarto trimestre.
Já o rendimento da T-note de 10 anos recuava para 4,495%, contra 4,544% no fechamento anterior.
No Brasil, o dólar avançava 0,84% em relação ao real, cotado a R$ 5,9144, após o Copom anunciar uma elevação da taxa de juros, mas com uma comunicação que foi vista como mais moderada em comparação com as mensagens anteriores do BC.
Economistas acreditam que o Banco Central pode não aumentar a taxa de juros além dos 14,25% já previstos para a reunião de março.
EUA
EUA
Os índices futuros dos EUA estão em alta nesta quinta-feira (30), recuperando-se da queda registrada no dia anterior, quando o Federal Reserve (Fed) decidiu manter a taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,50% e destacou a resistência da inflação no país.
Os investidores estão aguardando a divulgação do PIB do quarto trimestre e dos pedidos de auxílio-desemprego ainda hoje, além do relatório de dezembro sobre o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), previsto para amanhã.
Cotação dos índices futuros dos EUA:]Dow Jones Futuro: +0,36%
S&P 500 Futuro: +0,50%
Nasdaq Futuro: +0,76%
Bolsas asiáticas
Os mercados no Japão e na Austrália encerraram o pregão em alta nesta quinta-feira, contrastando com Wall Street, que apresentou queda após a decisão do Fed de manter os juros inalterados.
Por outro lado, diversos mercados na região Ásia-Pacífico permaneceram fechados devido ao feriado do Ano Novo Lunar.
O vice-governador do Banco do Japão, Ryozo Himino, afirmou que o banco central continuará elevando as taxas de juros caso a economia e os preços sigam conforme as projeções. Na semana passada, o Banco do Japão aumentou a taxa em 25 pontos-base, para 0,5%, seu nível mais alto desde 2008.
Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão): +0,25%
Hang Seng Index (Hong Kong): fechado por feriado
Kospi (Coreia do Sul): fechado por feriado
ASX 200 (Austrália): +0,55%
Bolsas europeias
Nos mercados europeus, a maioria registra alta, com os investidores atentos à próxima decisão sobre os juros do Banco Central Europeu (BCE), que deve reduzir a taxa de juros em 25 pontos-base.
Os investidores também estarão monitorando os dados econômicos mais recentes sobre o crescimento da França, Alemanha e da zona do euro, além de indicadores como desemprego, sentimento econômico e confiança do consumidor na região.
No setor corporativo, empresas como Nokia, ABB, Roche, BT Group, Sage Group, Wizz Air, Electrolux, BBVA, Caixabank, Nordea e Sanofi devem divulgar seus resultados financeiros nesta quinta-feira.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,11%
DAX (Alemanha): +0,31%
CAC 40 (França): +0,41%
FTSE MIB (Itália): +0,16%
STOXX 600: +0,43%