O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou pregão desta quinta-feira (11), em alta, reagindo aos dados de inflação nos EUA divulgados nesta manhã.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o índice apresentava uma alta de 0,13%, aos 127.906 pontos.
Já o dólar comercial seguia uma performance contrária ao índice, quando caia 0,49%, mantendo a faixa de cotação: R$ 5,38.
Ibovespa é movimentado por inflação americana
O índice está em movimento com os investidores assimilando os dados de inflação ao consumidor (CPI) nos EUA, enquanto também avaliam os números do varejo e a aprovação pela Câmara dos Deputados da regulamentação da reforma tributária, que inclui uma trava para alíquota e carne na cesta básica.
A inflação ao consumidor nos EUA recuou 0,1% na comparação mensal, contrariando a expectativa do consenso LSEG de um aumento de 0,1%. Na base anual, a variação foi de 3,0%, ficando abaixo dos 3,1% projetados pelo mercado e sinalizando uma desaceleração em relação aos 3,3% observados no mês anterior.
A Câmara dos Deputados aprovou ontem o primeiro projeto de lei complementar que regulamenta a Reforma Tributária, estabelecendo as novas taxas (CBS/IBS e Imposto Seletivo).
O volume de vendas do comércio varejista brasileiro aumentou 1,2% em maio em relação a abril, marcando o quinto mês consecutivo de crescimento. No acumulado do ano, a expansão é de 5,6%, e nos últimos 12 meses, o crescimento é de 3,4%.
EUA
Os índices futuros dos EUA caem, devolvendo parte dos ganhos obtidos na véspera, com os investidores repercutindo a divulgação do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) referente a junho.
Além dos dados de inflação americana, os agentes do mercado esperam a divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego, com uma previsão de 236 mil solicitações. A temporada de balanços também inclui a publicação dos resultados da PepsiCo, Delta Air Lines e Conagra.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,15%
S&P 500 Futuro: -0,06%
Nasdaq Futuro: -0,09%
Bolsas asiáticas
Os mercados acionários da Ásia tiveram mais um dia positivo, com todas as bolsas fechando em alta significativa. O movimento foi impulsionado por ações de semicondutores e medidas voltadas para o mercado imobiliário.
Além disso, o rali das bolsas de Nova York, que registraram ganhos superiores a 1% devido às expectativas de cortes nas taxas de juros ainda este ano após as declarações de Powell no Congresso americano, também influenciou o desempenho.
Shanghai SE (China), +1,06%
Nikkei (Japão): +0,94%
Hang Seng Index (Hong Kong): +2,06%
Kospi (Coreia do Sul): +0,81%
ASX 200 (Austrália): +0,93%
Bolsas europeias
Os mercados europeus estão em alta, ampliando os ganhos de ontem, enquanto os mercados globais reagem aos dados de inflação dos EUA. No Reino Unido, a economia cresceu 0,4% em maio, recuperando-se do crescimento nulo em abril e superando a previsão de 0,2%.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,38%
DAX (Alemanha): +0,24%
CAC 40 (França): +0,65%
FTSE MIB (Itália): +0,18%
STOXX 600: +0,50%
Radar corporativo que movimenta o Ibovespa
A 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3) divulgaram os dados referentes à produção do mês de junho. A produção média diária consolidada dos nove polos da 3R somou 51,8 mil barris de óleo equivalente (boe) em junho de 2024, dos quais 48,5 boed referem-se à parcela 3R.
A Wilson Sons (PORT3) aprovou a distribuição de dividendos intermediários no valor de R$ 108,8 milhões.
O Conselho de Administração da MRV&Co (MRVE3) aprovou a recompra de até 24.145.100 ações ordinárias, o equivalente a 7,92%, com prazo até 11 de janeiro de 2026.