Abertura do mercado

Ibovespa abre em alta com agenda política cheia; dólar cai

Investidores respondem aos esforços do governo para cumprir medidas do pacote fiscal

Ibovespa
Ibovespa / Foto: Freepik

Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta terça-feira (7) em alta, com os esforços do governo para o cumprimento do pacote fiscal e expectativas para as reuniões de Lula com ministros. O mercado também responde à agenda do ministro da Fazenda e aos preços ao produtor.

Por volta das 10h20 (horário de Brasília) o marcador estava em alta de 0,72%aos 120.891 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma queda de 0,29%, cotado a R$ 6,0934.

Na segunda-feira (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve em reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e destacou a importância da integração no governo para o efeito rápido do pacote fiscal. “A gente aprovou um conjunto de medidas no final do ano que precisam ter consequência”, disse Haddad, em entrevista a jornalistas.

O ministro também participa de entrevista ao vivo ao programa Estúdio I, da “GloboNews”, nesta terça-feira (7) às 13h30, além de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como parte da agenda de encontros do presidente com pastas fundamentais para a economia, entre elas também está a do Planejamento e Orçamento.

Além disso, o Ibovespa responde aos dados sobre preços ao produtor, divulgados nesta terça-feira (7). A inflação ao produtor teve uma alta de 1,23% em novembro de 2024, em relação ao mês anterior, isto significa um crescimento acumulado de 7,59% em 12 meses, que é o maior registrado desde setembro de 2022, quando foi de 9,84%.

Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa

Haddad está se movimentando para colocar em prática as leis aprovadas no fim de 2024. “A Casa Civil coordena todo o governo. É importante que nós estejamos bem integrados para fazer com que essas leis produzam resultados no menor espaço de tempo possível”, reforçou o ministro, após reunião com Rui Costa.

Ainda em âmbito nacional, os preços ao produtor tiveram alta de 7,81% no acumulado de 2024 até novembro, ante uma queda de 0,34% no mesmo período de 2023. Investidores também aguardam a divulgação dos números da arrecadação federal de novembro, que ocorre nesta segunda-feira (7) às 10h30.

Estes dados também devem influenciar o Ibovespa, uma vez que indicam qual pode ser a trajetória da inflação e do controle fiscal do país. Às 11h, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, auditor-fiscal Claudemir Malaquias, comenta os dados de arrecadação.

Já no exterior, investidores estão atentos à divulgação dos dados de emprego e de planos tarifários nos EUA.

EUA

O aguardado relatório de criação de empregos nos EUA (payroll) referente a dezembro será apresentado na sexta-feira, sendo considerado um dos últimos dados cruciais antes da próxima reunião do Fed (Federal Reserve), agendada para o fim do mês.

Além disso, o mercado monitora a divulgação da Pesquisa de Vagas e Rotatividade de Trabalho (JOLTS) na terça-feira e o levantamento de emprego privado da ADP, previsto para quarta-feira.

Bolsas asiáticas

Nos mercados asiáticos, o pregão encerrou com direções divergentes, em meio a incertezas econômicas que continuam a pesar sobre os negócios chineses.

Em contraste, ações de tecnologia dispararam em Seul e Taiwan após o anúncio de um investimento bilionário da Microsoft no setor de inteligência artificial.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de Serviços da Caixin para a China atingiu 52,2 em dezembro, sinalizando a maior expansão do setor desde maio de 2024.

No fim de semana, o banco central chinês reforçou seu compromisso com uma política monetária “moderadamente flexível” para impulsionar o crescimento em 2025.

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados operam em alta após um começo turbulento para as bolsas globais neste ano. 

O sentimento ainda é misto, com investidores atentos aos novos dados de inflação da Alemanha e da União Europeia, que poderão trazer mais clareza sobre possíveis cortes nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu.