O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou pregão desta quinta-feira (4) em alta, repercutindo às notícias em relação o compromisso fiscal do governo.
Por volta das 10h18 (horário de Brasília) o índice apresentava uma alta de 0,74%, aos 126.593 pontos.
Já o dólar comercial seguia uma performance contrária ao índice, quando recuava 1,73%, mantendo a faixa de cotação: R$ 5,47.
Seara política movimenta o Ibovespa mais uma vez
O índice está sendo negociado com investidores avaliando as notícias sobre o compromisso fiscal do governo, em um dia que provavelmente terá liquidez reduzida devido ao feriado nos EUA.
Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que a responsabilidade fiscal é um compromisso de seu governo e garantiu que o país jamais será irresponsável nessa área.
Após a reunião com o presidente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que Lula está empenhado em preservar o arcabouço fiscal e anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios sociais, que passarão por uma revisão minuciosa.
As declarações foram feitas após dias de alta do dólar, impulsionada pela desconfiança do mercado em relação à situação das contas públicas e pelo desconforto com comentários do presidente sobre o Banco Central.
Na quarta-feira (3), o dólar finalmente recuou frente ao real, sendo cotado novamente abaixo de R$ 5,60.
EUA
Os índices futuros oscilam com os mercados à vista fechados para o Dia da Independência.
Dados recentes revelaram que o setor de serviços nos EUA contraiu no ritmo mais acelerado dos últimos quatro anos, enquanto a pesquisa ADP indicou sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho.
Os investidores agora aguardam o relatório de empregos (payroll) dos EUA, que será divulgado na sexta-feira (5).
Economistas preveem a criação de 190 mil empregos em junho, um número inferior ao do mês anterior, com a taxa de desemprego permanecendo estável em 4%. Esse relatório será crucial para avaliar as próximas movimentações na política de juros do Federal Reserve.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,31%
S&P 500 Futuro: +0,11%
Nasdaq Futuro: -0,03%
Bolsas asiáticas
Os mercados asiáticos encerraram as negociações sem uma tendência definida. Enquanto os índices acionários do Japão e Taiwan alcançaram novos recordes históricos, os mercados chineses continuaram a registrar perdas.
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Shanghai SE (China), -0,83%
Nikkei (Japão): +0,82%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,28%
Kospi (Coreia do Sul): +1,11%
ASX 200 (Austrália): +1,19%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados apresentam alta, impulsionados pelas eleições gerais no Reino Unido e pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
As urnas estarão abertas das 7h às 22h, horário local, com pesquisas apontando uma vitória expressiva para o Partido Trabalhista de centro-esquerda.
Paralelamente, os investidores consideram a possibilidade de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), após a divulgação de dados econômicos dos EUA que reforçam a necessidade de flexibilização monetária.
FTSE 100 (Reino Unido): +1,01%
DAX (Alemanha): +0,41%
CAC 40 (França): +0,86%
FTSE MIB (Itália): +0,71%
STOXX 600: +0,62%
Radar corporativo que movimenta o Ibovespa
Os analistas do Goldman Sachs se reuniram com Magda Chambriard, a nova CEO da Petrobras (PETR4), para discutir o futuro da gestão da companhia.
A Americanas (AMER3) concluiu a semana de 24 a 30 de junho com 32.446 funcionários contratados sob o regime CLT.
A Justiça de São Paulo (SP) aceitou, na quarta-feira (3), o pedido de recuperação judicial da Casa do Pão de Queijo.
