O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou pregão desta quarta-feira (11), em alta, acompanhando os dados de inflação ao consumidor dos EUA.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o índice apresentava uma alta de 0,30%, aos 134.901 pontos.
Já o dólar comercial seguia uma performance no sentido contrário do índice, com uma queda de 0,80%, cotado a R$ 5,61.
Atenção do Ibovespa está direcionada ao CPI
O Ibovespa é impulsionado pela alta das principais commodities, enquanto investidores avaliam os dados de inflação dos EUA e o impacto do debate presidencial ocorrido na véspera.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA registrou um aumento de 0,2% em agosto em comparação a julho, repetindo a mesma variação do mês anterior. No acumulado de 12 meses, a inflação desacelerou, passando de 2,9% para 2,5%.
Os dados de julho ficaram em linha com as expectativas, já que o consenso dos analistas da LSEG previa um aumento de 0,2% na leitura mensal. No entanto, a projeção para a inflação anual era ligeiramente superior, estimada em 2,6%.
O desempenho robusto de Kamala elevou as expectativas de cortes nas taxas de juros. Por outro lado, uma eventual vitória de Trump sugere um aumento nos gastos, o que poderia pressionar os juros para cima.
Na manhã de hoje, as atenções se voltam para o relatório do Índice de Preços ao Consumidor dos EUA, em busca de sinais sobre a direção da política monetária. Embora seja amplamente esperado que o Federal Reserve (Fed) cortará os juros na próxima quarta-feira, a magnitude desse corte ainda é motivo de discussão e debate.
EUA
Os índices futuros dos EUA caem após dados de inflação ao consumidor. Economistas consultados pela Dow Jones preveem que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) tenha registrado alta de 0,2% em agosto, na comparação mensal, e de 2,6% em relação ao ano anterior.
Amanhã, o foco dos investidores estará voltado para os dados de inflação ao produtor nos EUA.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,54%
S&P 500 Futuro: -0,17%
Nasdaq Futuro: -0,10%
Bolsas asiáticas
Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram o pregão em queda, com o índice Nikkei, do Japão, liderando as perdas após a divulgação de indicadores econômicos.
A pesquisa Reuters Tankan, que acompanha o sentimento empresarial no país, revelou uma queda na confiança de grandes fabricantes, que recuou para +4 em setembro, a menor leitura em sete meses, frente a +10 em agosto.
O otimismo entre empresas não-manufatureiras caiu pelo terceiro mês consecutivo, passando de +24 para +23.
Junko Nakagawa, membro do conselho do Banco do Japão, afirmou nesta quarta-feira que a instituição seguirá elevando as taxas de juros caso a economia e a inflação se mantenham alinhadas com as previsões do banco central.
Shanghai SE (China), -0,82%
Nikkei (Japão): -1,49%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,73%
Kospi (Coreia do Sul): -0,40%
ASX 200 (Austrália): -0,30%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados operam em alta, com os investidores de olho nos dados de inflação dos EUA, que serão divulgados ainda hoje, enquanto aguardam a decisão sobre as taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,14%
DAX (Alemanha): +0,28%
CAC 40 (França): +0,15%
FTSE MIB (Itália): +0,16%
STOXX 600: +0,18%
Radar corporativo que movimenta o Ibovespa
O conselho de administração do Assaí (ASAI3) aprovou na última terça-feira (10) sua 11ª emissão de debêntures, no valor de R$ 2,8 bilhões. Os recursos serão usados em gestão de passivos e propósitos gerais, afirmou a rede de atacarejo ao mercado.
A Operação Niflheim foi deflagrada pela PF (Polícia Federal), nesta terça-feira (10), com o apoio da Receita Federal. O objetivo foi desarticular três grupos criminosos que atuam no mercado de criptomoedas. Desde o início da investigação, os suspeitos movimentaram mais de R$ 55 bilhões.