Abertura do mercado

Ibovespa abre em alta com produção industrial; dólar sobe

Investidores continuam reagindo aos movimentos do presidente dos EUA, Donald Trump, e aguardam dados de emprego do país norte-americano

Ibovespa
Ibovespa / Foto: Pixabay)

Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta quarta-feira (5) em alta, com investidores reagindo aos resultados da produção industrial brasileira mais fortes que o esperado. Agentes do mercado também reagem às influências geopolíticas de Trump e esperam dados de emprego dos EUA.

Por volta das 10h22 (horário de Brasília) o marcador estava em alta de 0,10%aos 125.268 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma alta de 0,30%, cotado a R$ 5,7888.

No Brasil, o mercado reage aos resultados da produção industrial de dezembro, que caiu 0,3% no mês, em relação a novembro. A queda esperada era de 1,1%. Em relação ao último mês de 2023, a produção teve uma alta de 1,6%. Esses dados comprovam a leitura do BC (Banco Central) de que a desaceleração econômica ainda é incipiente.

Enquanto isso, o Ibovespa está assimilando o embate comercial entre os EUA e a China, além da suspensão das tarifas contra o México e o Canadá por um mês e as negociações do presidente dos EUA, Donald Trump, com parceiros comerciais. As falas de Trump de que os EUA vão assumir o controle de Gaza também repercutem.

Além disso, investidores aguardam dados de emprego no setor privado dos EUA, com a publicação do relatório ADP, prevista para esta quarta-feira (5) pela manhã. Também são esperados comentários de dirigentes do Fed ao decorrer do dia, que devem dar pistas sobre os próximos passos da política monetária no país norte-americano.

Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa

Trump aumentou as incertezas geopolíticas nesta terça-feira (4), ao dizer, junto ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que “os EUA assumirão o controle da Faixa de Gaza. E seremos os donos dela”. Nesta quarta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que “quem precisa cuidar de Gaza são os palestinos”.

EUA

Os índices futuros dos EUA também seguem em queda, após a Alphabet divulgar resultados abaixo das expectativas. Suas ações caíram 7,6% após o expediente, resultando em uma perda de US$ 192 bilhões em valor de mercado.

Depois de números decepcionantes sobre a criação de empregos, o relatório ADP, que trará dados do setor privado, será o próximo a ser monitorado.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,12%

S&P 500 Futuro: -0,39%

Nasdaq Futuro: -0,63%

Bolsas asiáticas

Após uma semana fora do mercado, os investidores chineses, de volta da Golden Week, reagiram com quedas à escalada das tarifas entre os EUA e a China.

No entanto, muitos ainda acreditam que um acordo seja possível, como aconteceu entre os EUA e o México/Canadá. As ações de tecnologia asiáticas seguiram a tendência de alta observada nos EUA, mas investidores se mostraram cautelosos com a China, que retaliou após os EUA imporem uma tarifa de 10% sobre todos os produtos chineses.

A nova guerra comercial entre os EUA e a China demonstra que Xi Jinping adota uma postura mais prudente em relação ao primeiro mandato de Donald Trump.

Shanghai SE (China), -0,65%

Nikkei (Japão): +0,09%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,93%

Kospi (Coreia do Sul): +1,11%

ASX 200 (Austrália): +0,51%

Bolsas europeias

Os mercados europeus operam em território negativo, já que Trump segue pressionando a União Europeia com ameaças de tarifas, sem deixar claro o que espera em troca.

A temporada de balanços continua com resultados de empresas como Handelsbanken, TotalEnergies, Akzo Nobel, Credit Agricole, Novo Nordisk, GSK, Vestas Wind e Banco Santander.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,02%

DAX (Alemanha): -0,37%

CAC 40 (França): -0,12%

FTSE MIB (Itália): -0,49%

STOXX 600: +0,03%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (4) com baixa de 0,65% aos 125.147 pontos. O dólar comercial caiu 0,74%, a R$  5,77, sua 12ª queda seguida.

A ata do Copom (Comitê de Política Monetária) e os desdobramentos de uma disputa comercial entre os EUA e os países taxados pelo presidente Donald Trump, moveram as apostas no Ibovespa. Além disso, a Petrobras (PETR4) e a Vale (VALE3) também puxaram o índice para baixo.

Radar corporativo

Alphabet (GOGL34) registrou um lucro líquido de US$ 26,54 bilhões no quarto trimestre de 2024, equivalente a uma alta de 28,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A companhia controladora do Google também reportou um lucro de US$ 2,15 por ação, levemente acima da estimativa de consenso da FactSet, de US$ 2,13.

Além disso, as ações do serviço de streaming de música Spotify avançaram mais de 11% em Nova York. O otimismo dos investidores foi impulsionado pela divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024, quando a companhia registrou seu primeiro ano de lucratividade.