Ibovespa abre em alta com IOF e tensão no Oriente Médio

O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira, a B3 (B3SA3), iniciou o pregão desta segunda-feira (16) em queda, repercutindo a cautela dos investidores diante das tensões no Oriente Médio e da oscilação no preço do petróleo.

Durante o fim de semana, Israel e Irã chegaram ao terceiro dia de confrontos. Nesta manhã, o governo israelense afirmou ter atingido centros de comando da Guarda Revolucionária Iraniana, o que mantém o cenário de instabilidade geopolítica no radar dos mercados.

Além das tensões no exterior, no mercado doméstico os investidores acompanham as expectativas em torno da decisão do BC (Banco Central) sobre os juros no Brasil, que será anunciada nesta semana.

Na agenda econômica, o destaque desta manhã é a divulgação da prévia do PIB (Produto Interno Bruto) e do IGP-10. Os dados devem fornecer pistas sobre a saúde da economia brasileira e podem influenciar o desempenho do Ibovespa ao longo do pregão.

Por volta das 10h17 (horário de Brasília) o Ibovespa apresentava uma alta de 0,96%, aos 138.527,63 pontos.

Já o dólar comercial seguia sentido oposto ao índice, por volta das 10h17 (horário de Brasília) a divisa tinha queda de 0,56%, a R$ 5,51.

Ibovespa avança com cenário externo e interno no radar

O conflito no Oriente Médio segue sendo foco dos investidores, à medida que seus desdobramentos afetam o preço do petróleo, que, por consequência, influencia ações da Bolsa brasileira, como a Petrobras (PETR4) — que anunciou o pagamento de dividendos, o que pode melhorar o sentimento em relação à estatal.

Em semana de “Super Quarta”, os mercados se mantêm em compasso de espera pelas decisões de juros nos EUA e no Brasil. A expectativa é de que a Selic (taxa básica de juros do Brasil) seja mantida inalterada, a 14,75% ao ano.

Além dos indicadores econômicos, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) permanece no radar dos investidores. O tema segue sem solução, com a ameaça de a Câmara votar um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) que poderia travar os avanços sobre o assunto.