Ibovespa abre em alta com IPCA e EUA no radar; dólar cai

Ibovespa é movimentado por IPCA e exterior

A abertura do índice ocorre com os investidores absorvendo os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de maio, que superaram as expectativas.

O índice de inflação oficial acelerou para 0,46% em maio, após registrar uma alta de 0,38% em abril, conforme divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, o IPCA apresenta uma alta de 2,27%, enquanto nos últimos 12 meses, a elevação é de 3,93%. O consenso LSEG previa uma alta de 0,42% na base mensal e de 3,89% na base anual.

Outro destaque desta terça-feira (11) é o relatório de petróleo da Opep. Nos últimos pregões, a commodity tem registrado quedas nos preços. Se o relatório indicar uma redução na produção, isso pode resultar na reversão dessa tendência, visto que a oferta do produto diminuiria.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, irá proferir uma palestra durante um evento organizado pelo Valor Capital Group, em São Paulo, a partir das 10h10. Além disso, na cena nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá reuniões com os presidentes da CNA e da CNI, além de representantes da Petrobras, Shell, Repsol e Galp.

A expectativa é que ele forneça esclarecimentos sobre a Medida Provisória que limitou a compensação dos créditos tributários.

EUA

Os índices futuros dos EUA estão em queda, enquanto os investidores se preparam para a reunião de política monetária de dois dias do Fed, que começa nesta terça (11).

A reunião terminará na quarta-feira (12) com uma decisão sobre os juros, seguida de uma conferência de imprensa com Jerome Powell, presidente do Banco Central americano.

Os investidores estarão atentos às novas projeções do Fed. Atualmente, os mercados estão precificando apenas um corte nas taxas para este ano, previsto para novembro, conforme indicado pelo CME FedWatch.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,41%

S&P 500 Futuro: -0,31%

Nasdaq Futuro: -0,31%

Bolsas asiáticas

Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, à espera dos dados de inflação da China e dos EUA, bem como dos anúncios de política monetária dos bancos centrais americano e japonês.

Shanghai SE (China), -0,76%

Nikkei (Japão): +0,25%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,04%

Kospi (Coreia do Sul): +0,15%

ASX 200 (Austrália): -1,33%

Bolsas europeias

Na Europa, os mercados operam em baixa, com investidores aguardando a próxima reunião do Federal Reserve e os dados de inflação dos EUA.

Os dados de emprego do Reino Unido, divulgados na terça-feira (11), mostraram um aumento de 0,6% no número de empregados assalariados em maio em relação ao ano anterior, enquanto a taxa de desemprego subiu para 4,4%, de 4,3% na base trimestral.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,98%

DAX (Alemanha): -0,63%

CAC 40 (França): -1,09%

FTSE MIB (Itália): -1,65%

STOXX 600: -0,83%

Radar corporativo que movimenta o Ibovespa

A Americanas (AMER3) divulgou na manhã desta terça-feira (11) resultados preliminares não auditados do primeiro trimestre deste ano, registrando uma receita líquida de 3,76 bilhões de reais, em comparação com os 3,63 bilhões divulgados anteriormente para o mesmo período de 2023.

O conselho de administração da Marisa (AMAR3) aprovou, na noite de segunda-feira (10), o aumento do capital social da companhia de mínimo R$ 590 milhões e máximo de até R$ 750 milhões, mediante a emissão para subscrição privada de até 535.714.285 ações ordinárias. Cada nova ação poderá ser integralizada ao preço de R$ 1,40.

Embora tenha negado que esteja acontecendo negociação direta com a Dasa (DASA3), a rede Alliança confirmou que acionistas controladores fizeram uma abordagem preliminar na companhia para avaliar avaliar potenciais sinergias e oportunidades de negócios.