O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou o pregão desta quinta-feira (19) em alta, com o mercado digerindo a ‘Superquarta’ – decisões a respeito das taxas de juros no Brasil e nos EUA.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o índice apresentava avanço de 0,64%, aos 134.600,48 pontos.
O dólar comercial, por sua vez, seguia uma performance no sentido contrário, com uma queda de 0,70%, cotado a R$ 5,4243.
Alta da Selic e queda dos juros dos EUA no foco do Ibovespa
Investidores avaliam as decisões do Fed (Federal Reserve), nos EUA, e de Copom (Comitê de Política Monetária), no Brasil, quanto às taxas de juros.
O BC norte-americano cortou 0,50 p.p de sua taxa de juros, para 4,75% a 5% ao ano, enquanto a Selic seguiu no sentido contrário, com alta de 0,25 p.p, para 10,75%.
Ao BP Money, o economista da Corano Capital, Bruno Corano, destacou que “é importante entender que a mudança na taxa de juros tem um efeito retardado”. Com isso, o Bruno afirmou que a decisão do Fed só deve surtir efeito direto “entre seis e oito meses”.
“A questão é que, indiretamente, quando se altera uma política monetária, ela já causa reflexos naquele momento exato e em várias perspectivas”, comentou Corano.
O esperado pelo mercado era que, assim que os juros fossem reduzidos nos EUA na quarta-feira (18), o dólar registrasse alta perante outras moedas, e que, na sequência, as bolsas também se inclinassem para alta. Mas o cenário foi o oposto, com as bolsas fechando no vermelho, assim como a moeda norte-americana.
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Já no cenário interno, apesar do tom mais duro do comunicado do BC, que voltou a mostrar preocupação com a força da economia e a desancoragem da inflação, prevalece o bom humor entre investidores.
BC da Inglaterra inaltera taxas de juros
O mercado também está digerindo a decisão do BC da Inglaterra de manter inalteradas as taxas de juros em 5,0%.
Em seu comunicado, o BC da Inglaterra destacou que uma abordagem gradual para remover a política restritiva continua sendo apropriada e que essa estratégia vai durar por um período suficientemente longo até que os riscos para que a inflação regresse de forma sustentável ao objetivo de 2% no médio prazo se dissipem ainda mais.
EUA
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,96%
S&P 500 Futuro: +1,31%
Nasdaq Futuro: +1,74%
