O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou pregão desta segunda-feira (9), em alta, acompanhando a recuperação do cenário externo, e à espera dos dados de inflação no Brasil e EUA que serão divulgados longo da semana.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o índice apresentava uma alta de 0,05%, aos 134.642 pontos.
Já o dólar comercial seguia uma performance no mesmo sentido do índice, com uma alta de 0,37%, cotado a R$ 5,61.
Ibovespa segue recuperação internacional
O Ibovespa reflete o desempenho positivo do mercado internacional, impulsionado após o selloff da última sexta-feira, desencadeado pelo enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA, conforme evidenciado pelo payroll.
Atualmente, de acordo com o BBI, com o aumento das preocupações sobre uma possível recessão na maior economia global, os investidores estão analisando os dados econômicos em busca de pistas sobre a possível trajetória das taxas de juros.
A curva de juros sugere, por enquanto, uma probabilidade maior de um corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed na próxima semana. Para 2025, os contratos de swap indicam que a taxa de referência deverá cair para cerca de 3%.
No âmbito dos dados econômicos, os investidores se preparam para a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, marcada para terça-feira. As expectativas do mercado apontam para uma estabilidade na variação mensal e um índice acumulado do ano em 4,26%.
EUA
Os índices futuros operam em alta, nesta segunda (9). Os dados divulgados pelo Departamento de Trabalho na sexta-feira mostraram que os empregadores dos EUA criaram 142 mil novos postos de trabalho fora do setor agrícola em agosto, um número inferior ao esperado.
No entanto, a taxa de desemprego caiu para 4,2% no mês, em comparação com 4,3% em julho, conforme previsto pelos analistas.
Atualmente, o mercado estima uma probabilidade de 71% de que o Federal Reserve (Fed) reduza os juros em 25 pontos-base neste mês, enquanto as chances de um corte maior, de 50 pontos-base, são de apenas 29%, segundo a ferramenta FedWatch da CME Group.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,64%
S&P 500 Futuro: +0,59%
Nasdaq Futuro: +0,70%
Bolsas asiáticas
Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram a sessão com a maioria em queda, refletindo os dados do mercado de trabalho nos EUA e a inflação chinesa, que ficou abaixo do esperado.
A inflação na China subiu 0,6% em termos anuais, aquém dos 0,7% projetados pelos economistas consultados pela Reuters. Mensalmente, o índice avançou 0,4%, também abaixo dos 0,5% previstos.
No Japão, o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre cresceu 2,9% em termos anualizados, menos que os 3,2% estimados pelos economistas, o que limita as opções do Banco do Japão para elevar as taxas de juros.
Shanghai SE (China), -1,06%
Nikkei (Japão): -0,48%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,42%
Kospi (Coreia do Sul): -0,33%
ASX 200 (Austrália): -0,32%
Bolsas europeias
Na Europa, as bolsas operam em alta, recuperando parte das perdas de 3,5% da semana anterior, enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que será anunciada na próxima quinta-feira.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,63%
DAX (Alemanha): +0,63%
CAC 40 (França): +0,65%
FTSE MIB (Itália): +0,98%
STOXX 600: +0,50%
Radar corporativo
Em resposta a um questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a operadora aérea Azul (AZUL4) confirmou que está avaliando várias alternativas de negócios para otimizar a estrutura de equity definida no plano de capital do ano passado.
A PetroRecôncavo (RECV3) registrou uma produção consolidada de 25.688 barris de óleo equivalente por dia (boed) em agosto, representando uma queda de 4% em comparação com o mês anterior.