Ibovespa abre em alta na esteira da melhora do mercado mundial

Alta do petróleo e declarações do FED também chamam atenção

O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo, abriu em alta nesta sexta-feira (13). Por volta das 10h30 (de Brasília), o índice avançava 0,58% a 106.301 mil pontos, aguardando os novos anúncios do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano).

Na mesma direção das principais bolsas do mundo, o Ibovespa ensaiou recuperação nesta sexta (13).

A programação do Federal Reserve está no radar dos acionistas, o que pode ocasionar uma nova alta na taxa de juros dos EUA. O argumento ganhou peso após o dirigente do banco, Jerome Powell, afirmar que “não será fácil garantir um ‘pouso suave’ da economia do país diante de pressões inflacionárias”.

Com isso, a agenda corporativa norte-americana atrai as atenções, visto que Keel Nashkari, presidente do FED de Minneapolis, participará de um evento sobre impacto na inflação. 

Além dele, Loretta Mester, presidente do FED de Cleveland, estará no painel do Fórum Internacional de Pesquisa sobre Política Monetária.

Dow Jones (EUA), +0,81%
S&P 500 (EUA), +1,36%
Nasdaq (EUA), +2,26%

Enquanto isso, no Brasil, o conflito de interesses entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Petrobras (PETR4) ainda repercutem.

A estatal afirmou, na última quinta (12), que não está negociando uma nova política de seus preços com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

De acordo com o documento divulgado, a petroleira falou sobre notícias recentemente publicadas na imprensa, e também afirmou que não possui conhecimento de nenhuma infração econômica, e nem de práticas contrárias às políticas descritas no Cade.

“A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato da volatilidade para os preços internos”, disse a empresa.

Além disso, a B3 (B3SA3) anunciou que irá lançar o primeiro índice de ações composto exclusivamente por empresas ligadas ao agronegócio na próxima segunda-feira (16). 

No mercado europeu, a semana de volatilidade segue para terminar com recuperação das bolsas, apesar dos desdobramentos da guerra da Rússia contra a Ucrânia, e das divulgações não tão animadoras sobre as atividades na zona do euro.

A UE (União Europeia) já começa a considerar a ideia de adiar um embargo contra o petróleo da Rússia para seguir planejando novas sanções econômicas contra Moscou. A Hungria, país que faz parte do bloco europeu, resiste à ideia de sancionar o petróleo da Rússia pois tem medo de como esta medida pode afetar a sua economia.

Na próxima segunda-feira (16), a UE pode avançar com um novo pacote de retaliações econômicas na reunião entre representantes dos países da zona do euro, que vai ocorrer em Bruxelas, capital da Bélgica. Todas as 27 nações do bloco europeu precisam aprovar sanções econômicas contra um determinado país.

Segundo a pesquisa divulgada pela Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia, a produção industrial do bloco recuou 0,8% no mês de março, em relação ao mesmo período do ano passado.

FTSE 100 (Reino Unido), +1,93%
DAX (Alemanha), +1,25%
CAC 40 (França), +1,62%
FTSE MIB (Itália), +1,39%

Já nas bolsas asiáticas, o fechamento em alta representa um combustível na região, após perdas recentes nas ações de tecnologia.

Os desdobramentos do lockdown na China também seguem nas atenções dos investidores, considerando que a política da “Covid zero” decretou o fechamento de diversas indústrias na região.

Nikkei (Japão), +2,64%
Kospi (Coreia do Sul), +2,12%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,68%
Shanghai SE (China), +0,96%

De volta ao cenário doméstico, Renova (RNEW3), Eucatex (EUCA3), e Cyrela (CYRE3) divulgarão seus resultados após o fechamento do Ibovespa.