O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo, abriu em alta nesta sexta-feira (20). Por volta das 10h11 (de Brasília), o índice avançava 0,60% a 107.652 mil pontos, puxado pela gradativa recuperação das bolsas chinesas, o que não ocorreu com a cotação do dólar.
Os desdobramentos da economia na China foram positivos não somente para as bolsas da região, mas também para o Ibovespa.
Após diversas medidas restritivas serem implementadas na região por conta de um novo surto de Covid-19, o que resultou na desaceleração econômica da região, o governo chinês segue tentando tomar decisões que impulsionem a economia novamente.
Com isso, a China decidiu reduzir sua LPR (taxa básica de empréstimo) de cinco anos (LPR) de 4,60% para 4,45%, e o mesmo índice de referência de um ano em 3,7%. Para a taxa de cinco anos, esse foi o segundo corte consecutivo realizado.
Já no mercado dos EUA, a projeção é de que as bolsas em Wall Street registrem queda semanal pela sétima semana consecutiva.
Caso isso se confirme após o fechamento do pregão desta sexta (20), será a primeira vez desde 2008, ano de forte crise econômica mundial, que o país não registra esses resultados.
A última sessão do mercado norte-americano também teve características de volatilidade, mas a divulgação das projeções da Cisco Systems (CSCO34) para o próximo semestre foi desanimadora.
Com isso, as preocupações dos acionistas, que já enxergam os impactos do aumento da taxa de juros no país, se intensificam.
O dólar, por sua vez, opera em baixa na manhã desta quinta (19). Às 10h09 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava retração de 0,77%, vendida a R$ 4,892.
Enquanto isso, na Europa, o cenário é de recuperação das bolsas, mesmo com os novos desdobramentos da guerra da Rússia contra a Ucrânia, e com a divulgação de diversos índices de serviço na região.
Começando pelo Reino Unido, as vendas no varejo registraram alta de 1,4% no mês de março, ao comparar com os resultados de abril, e o resultado ficou acima do aguardado por analistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal”, que previam a queda de 0,3%.
Já na Alemanha, o PPI (índice de preços ao produtor) teve alta de 33,5% no mês de abril, um novo recorde para o índice.
O aumento registrado foi em relação aos resultados do mês de abril de 2021.
– FTSE 100 (Reino Unido), +1,71%
– DAX (Alemanha), +1,71%
– CAC 40 (França), +1,25%
– FTSE MIB (Itália), +1,48%
De volta para a Ásia, o índice de preços ao consumidor no Japão também chama atenção dos acionistas.
O resultado de 2,5% ao ano no mês de abril apresentou a primeira alta acima de 2% no índice desde o ano de 2009.
A marca registrada foi consequência da alta dos custos de matérias-primas e de energia na região, porém, a expectativa é que mesmo com o resultado, o Banco Central mantenha os juros do país próximos a zero.
– Nikkei (Japão), +1,27%
– Kospi (Coreia do Sul), +1,81%
– Hang Seng Index (Hong Kong), +2,96%
– Shanghai SE (China), +1,60%
Por fim, o Ibovespa também repercute a valorização dos preços do petróleo, que atuam com ganhos moderados, porém já demonstram recuperação em relação ao último pregão.