A última sessão do ano trouxe um tom mais construtivo aos mercados brasileiros. Bolsa de valores e câmbio reagiram de forma coordenada aos dados do mercado de trabalho e à expectativa em torno da política monetária dos Estados Unidos. Eles deram aos investidores um encerramento de ano marcado por ajustes finos e leitura cuidadosa do cenário macroeconômico.
Logo nas primeiras horas de negociação, o Ibovespa avançou, refletindo um ambiente de maior apetite a risco. Enquanto isso, o dólar hoje passou a operar em queda, mesmo em um contexto de baixa liquidez típico do fim de dezembro.
Ás 10h30, o Ibovespa opera em alta de 0,89%, cotado aos 161.912,00 pontos.
Ibovespa reage ao desemprego menor no Brasil
A taxa de desemprego medida pelo IBGE ficou em 5,2% no trimestre encerrado em novembro, abaixo da mediana das projeções do mercado, que apontava 5,4%, segundo levantamento da Reuters.
Sendo assim, O número reforçou a percepção de resiliência do mercado de trabalho e ajudou a sustentar o movimento positivo dos ativos de risco.
Além da Pnad, investidores monitoram também o Caged, que traz os dados de criação de vagas formais em novembro e complementa o diagnóstico sobre a atividade econômica no País.
Dólar hoje recua com foco em dados domésticos
No mercado de câmbio, o dólar hoje operou em baixa frente ao real. A moeda norte-americana abriu o dia com queda de 0,54%, cotada a R$ 5,5410 na venda. No mercado futuro, o contrato mais líquido para janeiro recuava 0,66%, negociado a R$ 5,5365 na B3.
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O movimento ocorreu na contramão do exterior, onde o dólar manteve leve valorização frente a uma cesta de moedas fortes. Ainda assim, no Brasil, o dado de desemprego abaixo do esperado e o ajuste após a alta da véspera favoreceram a correção do câmbio.
Além disso, na sessão anterior, o dólar à vista havia fechado em alta de 0,58%, aos R$ 5,5770, o que ampliou o espaço para um ajuste técnico nesta última sessão do ano.
Ata do Fed concentra as atenções do mercado
Apesar dos dados domésticos, o principal ponto de atenção do dia está fora do Brasil. Os investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, prevista para as 16h (horário de Brasília).
Portanto, o documento pode trazer sinais mais claros sobre a trajetória dos juros americanos em 2026, tema central para os mercados globais.
Dessa forma, a leitura da ata tende a influenciar tanto o comportamento do dólar quanto o desempenho das bolsas, especialmente em um momento de menor volume de negócios.
Em suma, a última sessão do ano se desenha menos como um dia de grandes apostas e mais como um exercício de posicionamento estratégico para o início de 2026.
