O Ibovespa opera em alta nesta segunda-feira (23). Por volta das 10h06 (de Brasília), o índice avançava 0,69% a 109.238 mil pontos, impulsionado pelo ensaio de recuperação das principais bolsas do mundo, o que enfraqueceu o dólar.
Os principais mercados internacionais registraram alta e recuperação nesta segunda (23), após perdas na última semana, principalmente nas bolsas norte-americanas. Entretanto, tal recuperação tenta combater os temores sobre os próximos anúncios inflacionários no mundo.
O FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) será um dos responsáveis por possíveis novos desdobramentos na taxa básica de juros.
A ata da instituição financeira será divulgada nesta semana pelo presidente Jerome Powell, além do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Por enquanto, os compromissos do presidente dos EUA estão na agenda internacional. E em visita ao Japão, Joe Biden anunciou uma nova iniciativa de cooperação econômica e comercial com 12 países do Indo-Pacífico.
O presidente também afirmou que não hesitará em intervir caso a China tenha Taiwan como um de seus alvos.
Com isso, o dólar opera em baixa na manhã desta segunda-feira (23). Às 10h13 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava retração de 1,45%, vendida a R$ 4,808.
Já no Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, planeja aumentar o intervalo de tempo entre os reajustes dos preços da Petrobras (PETR4), de acordo com fontes do “O Globo”.
A ideia do ministro é que a estatal adotasse uma nova regra que alterasse os preços dos combustíveis com maiores intervalos de tempo, a fim de amortecer a alta volatilidade do petróleo no mercado global.
Além disso, os acionistas aguardam a divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que pode também resultar na oscilação da taxa dos juros no País.
Além disso, a alta do petróleo e de ações ligadas a commodities brasileiras esboçam uma recuperação nas projeções futuras da B3.
Enquanto isso, na Europa, as bolsas da região também demonstraram recuperação. As ações da espanhola Siemens Gamesa (SGRE) registraram alta de 6% em suas ações, o que impulsiona o plano da Siemens Energy, detentora de 67% da companhia, que pretende totalizar os 100% por mais de € 4 bilhões.
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Já na Alemanha, maior economia da região, o índice Ifo (responsável por revelar o sentimento das empresas em relação à economia do país) foi divulgado e apresentou alta de 93 pontos no mês de maio.
Apesar dos resultados, os temores da região ainda ficam em torno das novas declarações do FED, e também de Christine Lagarde, presidente do BCE (Banco Central Europeu).
– FTSE 100 (Reino Unido), +1,21%
– DAX (Alemanha), +0,72%
– CAC 40 (França), +0,17%
– FTSE MIB (Itália), -0,46%
Partindo para a Ásia, o fechamento das bolsas também foi de ganhos leves, ainda com a expectativa nos anúncios do FED.
O sentimento predominante nos acionistas da região é de temor, ao considerar que os desdobramentos da guerra da Rússia contra a Ucrânia, a alta da taxa básica dos juros nos EUA, e o risco de recessão econômica em 2022 são os agravantes levantados pelo IIF (Institute of International Finance) na região.
Com isso, o mercado de tecnologia mais uma vez sofreu impacto no continente. As ações chinesas da Alibaba (BABA34) e da Bilibili (B1IL34) sofreram queda de, respectivamente, 3,52% e 4,22%.
– Nikkei (Japão), +0,98%
– Kospi (Coreia do Sul), +0,31%
– Hang Seng Index (Hong Kong), -1,19%
– Shanghai SE (China), +0,01%
No cenário corporativo brasileiro, muitos negócios seguem no radar dos investidores da Bolsa.
A B3 anunciou que no ano de 2021, o fluxo estrangeiro na bolsa ficou em R$ 7,2 bilhões negativos, ao invés dos R$ 70,8 bilhões positivos informados anteriormente.
A Gol (GOLL4) informou que o aumento de capital social da companhia aprovado pelo conselho de administração no início de abril, no total de R$ 9485,5 milhões, foi homologado.
Já a Enauta (ENAT3) revelou que não prorrogou o acordo de exclusividade para a venda de participação do Campo de Atlanta para a Karoon Energy. Além disso, os novos desdobramentos da privatização da Eletrobras (ELET6) também influenciam o Ibovespa, com a aprovação da resolução que permite alterar as regras no processo.
