Abertura do mercado

Ibovespa abre em queda com foco nas tarifas de Trump; dólar sobe

Investidores aguardam a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve) e acompanham balanços de empresas brasileiras

Ibovespa
Ibovespa / Foto: Freepik

Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta quarta-feira (19) em queda, com investidores atentos às notícias sobre as tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump. Agentes do mercado aguardam a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve) e acompanham balanços de empresas brasileiras.

Por volta das 10h11 (horário de Brasília) o marcador estava em queda de 0,85%aos 127.439 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma alta de 0,51%, cotado a R$ 5,7176.

Com indicações de que Trump vai taxar em 25% as importações de automóveis, produtos farmacêuticos e semicondutores, as bolsas operam mistas no exterior, com prejuízos especialmente para o mercado japonês. Dessa forma, investidores continuam monitorando as notícias sobre o assunto.

Enquanto isso, as expectativas para a ata da reunião de janeiro do Fed também movimentam o Ibovespa. O documento vai ser publicado às 16h (horário de Brasília). Os investidores procuram pistas sobre como a instituição enxergava a política tarifária do novo governo dos EUA em encontro em que manteve a taxa de juros inalterada.

No Brasil, o destaque são os balanços corporativos do quarto trimestre de 2024. Após os fechamentos dos mercados, empresas como Assaí (ASAI3), Banco do Brasil (BBAS3), Gerdau (GGBR4) e Vale (VALE3) vão divulgar seus resultados. Nacionalmente, investidores também estão atentos à denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa

Trump afirmou que as tarifas “em torno de 25%” sobre os automóveis devem ser aplicadas em 2 de abril. Já para os produtos farmacêuticos e semicondutores, o presidente não revelou uma data específica. Investidores também estão atentos às negociações entre os EUA e a Rússia para o fim da guerra na Ucrânia.

No Brasil, a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou uma denúncia ao STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, por tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Investidores também reagem ao resultado do Paraná Pesquisas que indicou que Bolsonaro ganharia de Lula no cenário incentivado.

Agentes do mercado também estão de olho no dólar, que apresentou uma nova queda ante o real nesta terça-feira (18), chegando a R$ 5,67 no momento de maior baixa, menor nível desde novembro de 2024. “Então o dólar continua numa super tendência de baixa”, comenta o analista e cofundador da Dom Investimentos Alison Correia.

O Ibovespa também responde aos balanços de empresas. Nesta quarta-feira (19), o Bradesco BBI avaliou que os resultados do Iguatemi (IGTI11) no quarto trimestre de 2024 foram bons e atenderam ao guidance, com destaque para “vendas fortes”, com um crescimento anual de 11% e SSR de mais de 7,6% anualmente.

EUA

Nesta terça-feira (18), autoridades dos EUA e da Rússia começaram negociações para dar um fim à guerra da Ucrânia, abrindo caminho para uma maior cooperação.

O secretário de Estado do país norte-americano, Marco Rubio, disse aos aliados da Europa que os EUA vão manter as sanções à Rússia pelo menos até que um acordo para encerrar a guerra seja alcançado.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,02%

S&P 500 Futuro: +0,05%

Nasdaq Futuro: +0,08%

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, as bolsas fecharam majoritariamente em queda, com preocupações tarifárias e geopolíticas, em meio às declarações de Trump de que vai taxar em 25% a importação de automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos.

Na Nova Zelândia, o Banco Central diminuiu a taxa básica de juros pela quarta vez seguida. A redução foi de 50 pontos-base, para 3,75%, percentual que já estava previsto pela “Reuters”. A queda nos juros é motivada por uma desaceleração da economia no país.

Shanghai SE (China), +0,81%

Nikkei (Japão): -0,27%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,14%

Kospi (Coreia do Sul): +1,70%

ASX 200 (Austrália): -0,73%

Bolsas europeias

As bolsas do continente também estão mistas, com reações de investidores a balanços de empresas como a BAE Systems, Glencore, Rio Tinto, Philips e Carrefour. O HSBC atingiu um lucro anual de US$ 32,31 bilhões, menor do que o esperado por analistas. O banco teve uma queda de US$ 3,1 bilhões na receita líquida de juros, em relação a 2023.

As bolsas também reagem à inflação no Reino Unido, que subiu para 3% e superou a expectativa de 2,8% da “Reuters”. Já o núcleo da inflação, sem as variações de energia, alimentos, álcool e tabaco, foi de 3,7%, ante 3,2% em dezembro. Esta é a maior taxa desde abril de 2024.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,23%

DAX (Alemanha): +0,30%

CAC 40 (França): -0,07%

FTSE MIB (Itália): +0,52%

STOXX 600: -0,03%

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