Abertura de mercado

Ibovespa abre em queda após IPCA e com ata do Fed no radar; dólar sobe

Investidores digerem o IPCA de setembro, que veio levemente abaixo do esperado pelo consenso, e aguardam ata do Fed, às 15h

Ibovespa
Foto: Divulgação

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou o pregão desta quarta-feira (9) em queda, com os investidores digerindo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O mercado também aguarda ansioso a divulgação da ata do Fed (Federal Reserve), durante a tarde. Documento será referente à última reunião, quando os juros foram cortados em 0,50 ponto.

Por volta das 10h20 (horário de Brasília) o índice apresentava recuo de -0,15%, aos 131.309 pontos.

dólar comercial, por sua vez, seguia uma performance no sentido contrário ao índice, com avanço de 0,51%, cotado a R$ 5,5606.

Inflação do Brasil no radar do Ibovespa

O IPCA avançou 0,44% em setembro, após registrar deflação de 0,02% em agosto. No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%. No mês anterior, a inflação acumulado no ano era de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%.

O dado de setembro veio levemente abaixo do esperado pelo consenso de analistas, que previa uma alta de 0,45% no IPCA. Na comparação anual, projetava-se uma inflação de 4,43%.

O resultado foi influenciado, principalmente, pelo grupo Habitação, que registrou alta de 1,80%, ante a deflação de -0,51% em agosto. Neste grupo, o destaque foi para a energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1.

O grupo Alimentação e Bebidas também pesou no índice, com alta de 0,50%, contra recuo de -0,44% no mês anterior. A alimentação no domicílio teve alta de 0,56%, após dois meses consecutivos de queda. Já a alimentação fora do domicílio (0,34%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,33%).

O dado era aguardado com ansiedade pelo mercado, que espera uma pista sobre a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Para o economista Maycon Douglas, embora o dado tenha sido acompanhado de boas notícias, não deve evitar uma alta de 0,50 p.b da taxa Selic em novembro.

Novos estímulos da China

Investidores também acompanharão de perto os novos anúncios da China sobre os estímulos à economia. No sábado (12), o ministro das Finanças, Lan Fo’an, participará de coletiva de imprensa, cujo tema é “intensificação do ajuste anticíclico da política fiscal para promover o desenvolvimento econômico de alta qualidade.”

A ideia é detalhar o pacote de estímulos chinês anunciado pelo governo e anunciar medidas mais agressivas para reavivar o crescimento.

O pacote anunciado pelo governo chinês jogou um “balde de água fria” no mercado ao vir menor do que o esperado.

Zheng Shanjie, presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, sigla em inglês), o principal órgão de planejamento econômico da China, disse em entrevista coletiva que o governo adiantará 100 bilhões de yuan (US$ 14,1 bilhões) do orçamento de investimento do ano que vem e outros 100 bilhões de yuan em projetos de construção.

EUA

Nos EUA, o destaque desta quarta-feira (9) será a ata do Fed, divulgada às 15h (horário de Brasília). Na última reunião, o Fomc – comitê do Fed – realizou o tão aguardado corte nos juros, de 0,50 p.p. As apostas agora são de um próximo corte de 0,25 p.p.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,19%

S&P 500 Futuro: -0,21%

Nasdaq Futuro: -0,29%

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