Abertura do mercado

Ibovespa abre em queda com agenda morna; dólar cai

O clima é de cautela, com o mercado adotando uma postura defensiva enquanto avalia os desdobramentos do cenário internacional

Foto: Freepik
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Após o segundo pregão registrando recordes consecutivos, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, a B3, iniciou o pregão desta quarta-feira (21) em queda. O dia é marcado por agenda esvaziada tanto no Brasil quanto no cenário internacional. 

Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o índice apresentava uma queda de 0,46%, aos 139.461 pontos.

O dólar comercial iniciou o pregão no mesmo sentido do Ibovespa, ao passo que recuava 0,21%, cotado a R$ 5,65.

O principal destaque da manhã vai para a inflação no Reino Unido, que veio um pouco acima das expectativas do mercado. 

Sem indicadores relevantes previstos nos EUA ou no calendário doméstico, os investidores seguem atentos ao que pode surgir nos próximos dias, em meio a um ambiente global marcado por crescente incerteza.

No Brasil, alguns analistas avaliam que o aumento dos riscos no exterior pode, paradoxalmente, favorecer os ativos locais. 

Ainda assim, o clima é de cautela, com o mercado adotando uma postura defensiva enquanto avalia os desdobramentos do cenário internacional.

Enquanto isso, o dólar à vista operava perto da estabilidade frente ao real nas primeiras horas desta quarta-feira. 

Os investidores seguem atentos às negociações comerciais dos Estados Unidos com seus principais parceiros e ao impasse político no Congresso americano sobre a legislação tributária proposta pelo presidente Donald Trump.

Ibovespa tem apoio de exportadoras, mas educação pesa

O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira em leve alta de 0,34%, superando, ainda que por pouco, a marca simbólica dos 140 mil pontos. 

O desempenho positivo foi puxado, principalmente, pelas empresas do setor de proteínas, que se beneficiaram de perspectivas mais favoráveis no mercado internacional e de avanços em seus processos corporativos — com destaque para a JBS (JBSS3), que está prestes a concluir sua dupla listagem.

No entanto, o avanço do índice foi limitado por fortes quedas nas ações do setor educacional. O segmento foi impactado negativamente por mudanças regulatórias que afetam o ensino à distância, o que pode pressionar as margens financeiras dessas companhias nos próximos trimestres.

No cenário internacional, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, comentou que as sanções dos EUA não conseguiram conter o avanço da China em tecnologia de chips voltados à inteligência artificial.

De acordo com Huang, as restrições acabaram incentivando o desenvolvimento de processadores domésticos no país asiático.

A inflação do Reino Unido também chamou atenção nesta manhã. Em abril, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 3,5% na comparação anual, bem acima da meta de 2% do Banco da Inglaterra e dos 2,6% registrados em março.

Na variação mensal, a alta foi de 1,2%, após um avanço de apenas 0,3% no mês anterior — cenário que pode levar a autoridade monetária britânica a adiar cortes nas taxas de juros.

Por fim, os preços do petróleo operam em alta em meio a tensões geopolíticas. Informações de que Israel estaria preparando um possível ataque a instalações nucleares do Irã aumentaram os temores sobre interrupções no fornecimento da commodity, pressionando os preços em um dos mercados mais sensíveis do mundo.

Agenda do dia

Indicadores

▪️ 11h30 – EUA: Estoques de petróleo do DoE

▪️ 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal

▪️ 21h30 – Japão: PMI/S&P Global composto de maio (preliminar)

Eventos

▪️ 11h00 – Lula recebe Alcolumbre para apresentar a MP da reforma do setor elétrico

▪️ 13h00 – EUA: Thomas Barkin (Fed) participa de evento

▪️ 18h00 – Nilton David (BC) palestra em seminário da FGV

▪️ Canadá: Reunião dos ministros das Finanças do G7

Balanços

▪️ EUA: Target, Best Buy e Lowes