Abertura de mercado

Ibovespa abre em queda com alternativas para IOF no radar; dólar sobe

Por volta das 10h16 (horário de Brasília), o Ibovespa apresentava queda de 0,15%, aos 135.902,01 pontos

Foto: CanvaPro/Ibovespa
Foto: CanvaPro/Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores nacional, a B3 (B3SA3), iniciou o pregão desta segunda-feira (9) com leve queda, enquanto os investidores digerem as medidas anunciadas no último domingo (8) pela Fazenda para atenuar as alterações no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O indicador acumula perda de 4.007,53 pontos nos últimos 13 pregões. Desde 22 de maio, o Ibovespa recuou 1,59%, iniciando uma trajetória de queda que inclui apenas quatro altas no período. O índice saiu de 140.109,63 pontos, no fechamento de 20 de maio, para 136.102,10 pontos no encerramento da última sexta-feira (6).

Por volta das 10h16 (horário de Brasília), o Ibovespa apresentava queda de 0,15%, aos 135.902,01 pontos.

Já o dólar comercial seguia em sentido oposto ao índice. No mesmo horário, a divisa avançava 0,09%, cotada a R$ 5,57.

O mercado doméstico continua repercutindo as propostas do governo ao Congresso. Entre as medidas, estão o aumento da taxação sobre as bets (plataformas de apostas esportivas on-line) e o fim da isenção de Imposto de Renda sobre títulos de investimento como as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio).

Ibovespa recuou de olho no IOF e no fiscal

As mudanças anunciadas pelo governo servirão como alternativa ao decreto que elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), será “recalibrado”.

Segundo o ministro, os títulos de investimento que antes eram isentos de IR (Imposto de Renda) passarão a ser tributados com alíquota de 5%. Além disso, as debêntures incentivadas também serão incluídas na nova regra. Contudo, a tributação valerá apenas para novas aplicações. Os títulos que já foram emitidos continuam isentos.

O governo também propôs alterações na CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para instituições financeiras. Segundo a CNN, a alíquota reduzida de 9%, que beneficiava fintechs, será extinta. Agora, elas serão tributadas em 15%.

No cenário externo, o mercado também está no radar dos investidores. Dados divulgados na última sexta-feira (6), referentes aos EUA, apontaram que o Fed (Federal Reserve) não deve cortar os juros tão cedo, elevando o nível de cautela no mercado internacional.

Agenda do dia

Indicadores

▪️ 08h00 – FGV: Prévia do IPC-S

▪️ 08h25 – BC: Pesquisa Focus

▪️ 11h00 – EUA: Estoques no atacado em abril

▪️ 12h00 – Fed NY: Expectativas de inflação em maio

▪️ 15h00 – Secex: Balança comercial semanal

Eventos

▪️ Londres: Representantes comerciais de Washington e Pequim têm nova rodada de negociações

▪️ Hugo Motta participa da Agenda Brasil, promovida pelo Valor, Globo e CBN