O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta quarta-feira (10) em queda, após a divulgação dos dados de inflação nos EUA e no Brasil.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma queda de 0,41%, aos 129.353 pontos.
Neste mesmo horário o dólar comercial percorria no sentido contrário, e subia 0,99%, cotado a R$ 5,05.
Dados econômicos movimentam Ibovespa
Em março, o índice de preços ao consumidor (CPI) registrou um aumento de 0,4%, superando as expectativas de 0,3% e mantendo-se igual ao valor observado em fevereiro. Ao longo dos últimos doze meses até março, o CPI aumentou em 3,5%, ultrapassando as expectativas de alta de 3,4% e superando os 3,2% registrados em fevereiro.
O dado apresenta um contraste em relação ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a medida oficial de inflação no País, que desacelerou para 0,16% em março, seguindo uma alta de 0,83% em fevereiro. No acumulado do ano, o IPCA registra um aumento de 1,42%, enquanto nos últimos 12 meses a alta é de 3,93%.
Destaca-se também nesta quarta-feira (10), o rebaixamento da perspectiva da China pela Fitch para negativa, embora tenha mantido a classificação A+, prevendo uma desaceleração do crescimento econômico.
EUA
Após a divulgação do CPI americano, os investidores aguardam com expectativa as atas da reunião do Fed do mês passado. A minuta provavelmente fornecerá mais clareza sobre a posição dos legisladores em relação aos cortes esperados nas taxas este ano.
A temporada de resultados do primeiro trimestre nos EUA está prestes a iniciar. A Delta Air Lines está agendada para divulgar seus resultados nesta quarta-feira, antes da abertura dos mercados.
Cotações dos índices futuros:
Dow Jones Futuro: +1,19%
S&P 500 Futuro: +1,26%
Nasdaq Futuro: +0,06%
Bolsas da Ásia
Após a Fitch rebaixar a perspectiva do rating soberano chinês, os mercados asiáticos fecharam em sua maioria em queda. Os investidores demonstraram cautela antes da divulgação de novos dados de inflação dos EUA.
A agência de classificação de risco rebaixou sua perspectiva para a nota de crédito soberana A+ da China, de estável para negativa, citando “crescentes riscos” às finanças do gigante asiático.
Em resposta, o Ministério de Finanças chinês afirmou que a dívida do país é “administrável” e “está sob controle”. Para esta noite, está prevista a atualização da inflação mensal da China, tanto para o consumidor (CPI) quanto para o produtor (PPI).
Shanghai SE (China), -0,70%
Nikkei (Japão): -0,48%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,85%
Kospi (Coreia do Sul): -0,46%
ASX 200 (Austrália): +0,31%
Bolsas da Europa
Os mercados europeus operam majoritariamente em alta,em linha com os mercados globais reagindo aos dados de inflação dos EUA de março.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,29%
DAX (Alemanha): +0,82%
CAC 40 (França): -0,79%
FTSE MIB (Itália): +0,70%
STOXX 600: +0,72%
Radar corporativo que movimenta o Ibovespa
A 3R Petroleum (RRRP3) firmou um memorando de entendimento que encaminha a fusão de negócios com a Enauta (ENAT3). Este acordo também abrange a participação da Maha Energy Offshore.
O Bradesco BBI reduziu o preço-alvo da PetroRecôncavo (RECV3) de R$ 34 para R$ 31, mantendo a recomendação de compra e indicando um potencial de alta de 42,2% em relação ao fechamento de terça-feira (9).
O prazo para os interessados em receber parte da amortização, no valor de R$ 1,5 bilhão, Vivo, da Telefônica Brasil (VIVT3), encerra nesta quarta-feira (10).