O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou pregão desta terça-feira (10), em alta, acompanhando os dados divulgados nesta manhã, da inflação brasileira.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o índice apresentava uma queda de 0,05%, aos 134.242 pontos.
Já o dólar comercial seguia uma performance no sentido contrário do índice, com uma alta de 0,35%, cotado a R$ 5,60.
Inflação do Brasil movimenta o Ibovespa
O Ibovespa está em operação com os investidores locais analisando os dados de inflação referentes a agosto, enquanto a cautela continua a dominar os mercados internacionais.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, apresentou uma deflação de -0,02% em agosto, revertendo a alta de 0,38% registrada em julho.
Essa é a primeira taxa negativa desde junho de 2023, quando o índice caiu 0,08%. No acumulado do ano, a inflação atinge 2,85%, e nos últimos 12 meses, o índice está em 4,24%.
O resultado mensal ficou abaixo das expectativas dos analistas consultados pela Reuters, que previam um IPCA próximo da estabilidade, com alta de +0,01%. Em comparação anual, a previsão era de que o índice atingisse 4,29%.
No campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje comunidades afetadas pela seca no Amazonas. Às 13h20, ele concede entrevista à Rádio Norte FM e se reúne com prefeitos do estado para anunciar medidas de combate à seca na região amazônica.
No cenário internacional, preocupações com o crescimento econômico pesam sobre o sentimento dos investidores, influenciados por dados econômicos da China e pelas expectativas em torno dos juros nos EUA.
A atenção está voltada para os dados de inflação que serão divulgados na quarta-feira, os quais poderão reforçar as previsões sobre a magnitude do corte de juros pelo Federal Reserve em 18 de setembro.
EUA
Os investidores estão de olho no aguardado primeiro debate presidencial entre Donald Trump e Kamala Harris, que acontece nesta terça-feira (10) à noite. Os tópicos centrais serão impostos, imigração e tarifas, todos com grande impacto na economia.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,05%
S&P 500 Futuro: +0,30%
Nasdaq Futuro: +0,36%
Bolsas asiáticas
Na região da Ásia-Pacífico, os mercados fecharam de forma mista, afetados por novos dados econômicos decepcionantes vindos da China, que frearam os ganhos nas bolsas locais.
As exportações da China cresceram 8,7% em agosto em relação ao ano anterior, enquanto as importações tiveram um aumento de 0,5%.
Esses números superaram as expectativas de 6,5% para exportações e 2% para importações, segundo uma pesquisa da Reuters. Em julho, o crescimento anual das exportações foi de 7%, e as importações subiram 7,2%, também acima das previsões.
Shanghai SE (China), +0,28%
Nikkei (Japão): -0,16%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,22%
Kospi (Coreia do Sul): -0,49%
ASX 200 (Austrália): +0,30%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados operam em sua maioria no azul, mantendo o tom otimista que marcou o início da semana.
Em termos de dados econômicos, o desemprego no Reino Unido caiu para 4,1% entre maio e julho de 2024, ao passo que o crescimento salarial anual desacelerou para 5,1% no mesmo período.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,45%
DAX (Alemanha): -0,05%
CAC 40 (França): +0,43%
FTSE MIB (Itália): -0,04%
STOXX 600: +0,12%
Radar corporativo que movimenta o Ibovespa
A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou nesta terça-feira (10), que validou um montante de US$ 929,68 milhões, equivalente a R$ 5,19 bilhões, em ofertas recebidas no processo de recompra de títulos globais realizado por sua subsidiária, a Petrobras Global Finance B.V.
A Azul (AZUL4) anunciou na segunda-feira (9) que projeta uma receita líquida anual em torno de R$ 20 bilhões para 2024, representando um aumento de 7% em comparação com o ano anterior.