Ibovespa
Ibovespa / Foto: CanvaPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou os negócios desta terça-feira (16) em compasso de cautela. O movimento acompanha a valorização do dólar comercial, negociado em torno de R$ 5,43, e o avanço das taxas de juros futuros, que voltam a embutir prêmios maiores ao longo da curva.

Ibovespa abre, preliminarmente, com queda de 0,09%, aos 162.406,10 pontos

O pano de fundo combina fatores domésticos e externos. No Brasil, a leitura do mercado é de que a atividade econômica começa a dar sinais de moderação, enquanto a inflação mostra arrefecimento gradual.

Ainda assim, o Banco Central reforçou recentemente a necessidade de manter vigilância sobre o cenário, sobretudo diante das incertezas fiscais e da dinâmica dos preços de serviços. Esse discurso mais prudente ajuda a sustentar os juros e limita movimentos mais ousados na bolsa.

Ibovespa hoje reage a dólar e juros futuros

Com o dólar mais forte, ações sensíveis ao câmbio tendem a ganhar protagonismo, enquanto papéis ligados ao consumo interno encontram mais resistência.

O avanço dos juros futuros também pressiona setores dependentes de crédito, ao passo que reforça a atratividade relativa da renda fixa no curto prazo.

Banco Central e inflação no radar do mercado

A avaliação do BC de que há desaceleração da atividade e perda de fôlego inflacionário é vista como positiva no médio prazo.

Porém, o mercado entende que ainda não há espaço para relaxar o discurso. Dessa forma, a comunicação da autoridade monetária segue como peça-chave para a precificação dos ativos.

Dados de emprego dos EUA influenciam Wall Street e B3

No exterior, investidores aguardam a divulgação de relatórios de emprego atrasados dos EUA, que devem indicar abrandamento do mercado de trabalho.

Caso se confirme, o dado pode reforçar apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve mais à frente. Até lá, a postura é de cautela, o que respinga diretamente sobre os mercados emergentes, incluindo o Brasil.

Com isso, o Ibovespa hoje começa o dia testando a paciência do investidor, em um ambiente onde cada dado novo pode mudar o humor do mercado ao longo do pregão.