Ibovespa abre em queda com enfraquecimento de exportação da China

Acionistas também aguardam dados de varejo e serviços no Brasil

O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo, abriu em queda nesta segunda-feira (9). Por volta das 10h15 (de Brasília), o índice recuava 0,12% a 105.005 mil pontos, influenciado pela queda da exportação na China, ainda repercutindo os últimos anúncios inflacionários ao redor do mundo.

A divulgação dos dados referentes às exportações chinesas preocupam os acionistas nesta abertura do Ibovespa.

O índice atingiu o menor nível desde 2020 na China, alavancado pela política de covid zero adotada por conta dos novos surtos da doença no país.

No mês de abril, as exportações China registraram alta de 3,9% na comparação anual, porém, tiveram também queda de 14,7% em relação ao último mês de março.

Dessa forma, as bolsas da região buscam se recuperar da desaceleração provocada pelo lockdown instaurado na China, porém, as alterações de taxas juros nos EUA e na Europa impactam também os demais continentes no mundo em mais um indício de que a política de tolerância zero de Pequim contra a covid-19 segue causando forte desaceleração da segunda maior economia do mundo.

O mercado doméstico também segue atento aos dados de serviços e varejo que serão divulgados nesta semana no País.

Entre eles, o IPCA (Índice de Preços no Consumidor) e o IGP-M (Índice Geral de Preços) chamam atenção dos acionistas.

Além disso, os balanços corporativos também são destaques. O BTG Pactual (BPAC11) fechou o primeiro trimestre com um lucro líquido ajustado de R$ 2,1 bilhões, cifras recorde para um único trimestre e 72% superior ao mesmo período do ano passado. Os resultados também registram aumento de 15,7% em relação ao quarto trimestre de 2021.

O lucro líquido foi de R$ 1,94 bilhão, com uma alta de 65% em 12 meses.

Já o Itaú Unibanco (ITUB4) registrou o lucro recorrente (lucro restante depois que todo o custo e despesas são deduzidos da receita total) de R$ 7,36 bilhões no primeiro trimestre de 2022. 

O anúncio realizado pelo banco representou a alta de 15,1% do resultado na base anual, considerando o aumento da carteira de empréstimos do banco.  

Nos EUA, os acionistas seguem com as novas decisões dos dirigentes do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) no radar, e aguardam também a divulgação do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) no país.

Enquanto isso, no mercado europeu, a expressiva desaceleração chinesa também preocupa os investidores, além dos novos desdobramentos da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Nesta segunda (9) o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a campanha militar de Moscou na Ucrânia seria “uma resposta forçada por políticas do Ocidente e necessária para afastar uma possível agressão”. Putin realizou este discurso durante um evento para celebrar a vitória na Segunda Guerra Mundial contra os nazistas, segundo informações do “Estadão”.

Além disso, o possível aumento progressivo das taxas de juros dos EUA, e o salto dos preços na Europa, impulsionaram o BoE (Banco da Inglaterra) a também alterar suas taxas, o que colocou o BCE (Banco Central Europeu) no radar dos acionistas.

A instituição europeia, que ainda não realizou aumentos de juros, já provocou especulações para possíveis ajustes na taxa básica da região. 

– FTSE 100 (Reino Unido), -1,73%
– DAX (Alemanha), -1,72%
– CAC 40 (França), -2,0%
– FTSE MIB (Itália), -1,60% 

Na Ásia, com os desdobramentos do anúncio negativo das taxas de exportação na China, as bolsas da região fecham majoritariamente em baixa. 

Além disso, o aumento de juros por parte do FED ainda repercute entre os acionistas do continente.

– Nikkei (Japão), -2,53%
– Kospi (Coreia do Sul), -1,27%
– Shanghai SE (China), +0,09%

De volta ao cenário do Brasil, a empresa norte-americana Apollo tem como pretensão listar a Braskem (BRKM5) na bolsa de Nova York e fechar o capital da companhia brasileira do Ibovespa, segundo informações do “O Globo”.

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