
O Ibovespa iniciou o pregão desta terça-feira (17) em leve retração, refletindo um ambiente de cautela diante do noticiário fiscal e político em Brasília.
Na abertura, o principal índice da B3 recuava 0,07%, aos 158.470,70 pontos. Investidores digerem sinais do governo sobre o Orçamento de 2026 e decisões recentes do Congresso.
Ibovespa hoje: mercado reage ao risco fiscal
A abertura negativa do Ibovespa hoje acompanha a leitura de que o quadro fiscal segue pressionado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Orçamento de 2026 ainda precisa de R$ 20 bilhões para ser fechado. Além disso, ele reforçou a percepção de desafio na consolidação das contas públicas.
A declaração trouxe um viés mais defensivo ao mercado, sobretudo para ativos sensíveis ao risco doméstico, em um momento em que os investidores seguem atentos à trajetória da dívida e à credibilidade do arcabouço fiscal.
Câmara aprova corte de benefícios e novos impostos
Outro ponto que pesa sobre o humor da bolsa é a agenda no Congresso. A Câmara dos Deputados aprovou o corte de benefícios fiscais e a elevação de impostos para setores como bets, fintechs e juros sobre capital próprio (JCP).
A medida reforça a tentativa do governo de ampliar a arrecadação, mas também levanta questionamentos sobre impactos em empresas listadas e no ambiente de negócios.
No mercado, a avaliação é de que mudanças tributárias tendem a gerar ajustes de preço no curto prazo, especialmente em ações ligadas a serviços financeiros e consumo digital.