Abertura do Mercado

Ibovespa abre em queda com PIB do Brasil e Payroll no radar; dólar sobe

O mercado demonstra preocupações com dados que indicam uma desaceleração econômica maior do que o esperado

Ibovespa abre em queda com PIB do Brasil e Payroll no radar; dólar sobe

O Ibovespa, principal índie da Bolsa de Valores brasileira, a B3, inicia o pregão desta sexta-feira (7) no ritmo negativo, influenciado pelo PIB do Brasil que revelou que a economia brasileira desacelerou mais do que o esperado.

Por volta das 10h31 (horário de Brasília) o marcador apresentava um recuo de 0,52%, aos 122.717 pontos.

Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, ao passo que avançava +0,17%, cotado a R$ 5,76.

O mercado demonstra preocupações com dados que indicam uma desaceleração econômica maior do que o esperado no último trimestre do ano. Além disso, o mercado acompanha as novas ações do governo para combater a alta nos preços dos alimentos.

Os investidores também estão de olho nos indicadores sobre o mercado de trabalho nos EUA, que serão divulgados às 10h30 (horário de Brasília), enquanto seguem atentos às atualizações sobre a política monetária da maior economia global.

Ibovespa recua com atenção dividida entre Brasil e EUA

O Ibovespa apresenta queda no último pregão da semana ao passo que o mercado acompanha importantes dados econômicos nacionais e internacionais. 

Por aqui, o PIB (Produto Interno Bruto) registrou um crescimento de 3,4% em 2024 frente a 2023, registrando o melhor desempenho dos últimos três anos, conforme divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (7).

EUA

Nos EUA, os índices futuros registram alta nesta sexta-feira, enquanto o mercado aguarda o payroll de fevereiro, que pode dar pistas sobre o rumo das taxas de juros. Espera-se que o relatório indique a criação de 160.000 novos postos de trabalho, após um aumento de 143.000 em janeiro, e uma taxa de desemprego estável em 4,0%, segundo previsões de economistas.

Além disso, Powell deve fazer uma fala em um fórum de política monetária à tarde, em um momento em que as expectativas são de que o Fed mantenha os juros inalterados nas reuniões de março, enquanto avalia a evolução do mercado de trabalho e da inflação.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,11%

S&P 500 Futuro: +0,09%

Nasdaq Futuro: +0,02%

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, os mercados fecharam em queda, pressionados pela alta dos rendimentos dos títulos de longo prazo do governo japonês, que atingiram níveis mais altos desde a crise financeira de 2008.

O desempenho das bolsas asiáticas refletiu as perdas em Wall Street, após as tarifas impostas por Donald Trump não conseguirem acalmar os investidores.

Além disso, houve crescente preocupação com os indicadores econômicos dos EUA, que sinalizaram impactos negativos das políticas tarifárias de Trump sobre a economia americana, com alertas sobre o aumento dos custos de insumos, conforme apontado pelo Livro Bege do Fed e pelos dados de manufatura do Institute for Supply Management.

Shanghai SE (China), -0,25%

Nikkei (Japão): -2,17%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,57%

Kospi (Coreia do Sul): -0,49%

ASX 200 (Austrália): -1,81%

Bolsas europeias

Já os mercados europeus encerraram a semana em baixa, com uma volatilidade marcada pela política tarifária dos EUA, o recente corte de juros do BCE, reformas fiscais na Alemanha e aumento nos gastos com defesa na região.

Os investidores continuam a avaliar o impacto do corte de 0,25 ponto percentual nas taxas do BCE, enquanto também acompanham as projeções de inflação e crescimento econômico.

O BCE indicou que sua política monetária está se tornando “significativamente menos restritiva”, sugerindo uma possível abordagem mais cautelosa nas próximas reuniões, após já ter realizado seis cortes desde junho do ano passado.

TSE 100 (Reino Unido): -0,51%

DAX (Alemanha): -1,26%

CAC 40 (França): -1,05%

FTSE MIB (Itália): -0,78%

STOXX 600: -0,83%