Abertura do Mercado

Ibovespa abre em queda de olho em dados dos EUA; dólar recua

A atenção do mercado local se concentra na agenda em NY tem como destaque o CPI que deve subir 0,2% em outubro

Foto: pexels
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, abriu em queda no pregão desta quarta-feira (13), ao passo que o mercado espera a divulgação de dados de inflação dos EUA

Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcados apresentava um leve recuo de 0,06%, aos 127.624 pontos.

Já o dólar comercial seguia a mesma tendência do índice, ao passo que recuava 0,54%, cotado a R$ 5,73.

Nas primeiras negociações desta terça-feira, o dólar apresentava queda em relação ao real, à medida que investidores observavam os avanços das moedas emergentes e se preparavam para os dois leilões de linha programados pelo Banco Central.

Além disso, os mercados globais aguardavam os dados de inflação dos EUA, que podem influenciar as expectativas econômicas.

Ibovespa oscila à espera de dados dos EUA 

O Ibovespa reverbera a atenção do mercado que se concentra ho na agenda em NY tem como destaque o CPI (10h30), que deve subir 0,2% em outubro, acelerando na base anual de 2,4% para 2,6%, em mais um sinal de que a desinflação americana ocorre em ritmo lento.

O dado pode influenciar as apostas para o último Fomc do ano, em dezembro, quando as chances de manutenção do juro estão em 40%, contra 60% de nova queda de 25pbs. 

Mas o que continua movendo os negócios é o Trump Trade, que voltou a puxar os yields dos Treasuries e o dólar, nesta 3ªF. 

Aqui, o BC anunciou, após o fechamento, dois leilões de linha (10h30), com oferta de até US$ 4 bilhões, enquanto os juros futuros seguem refletindo a pressão externa e incertezas fiscais. 

A conjunção desses fatores, que foi alertada pela ata do Copom, já estimula projeções mais altas para a Selic.

Entro os balanços, a Gol Linhas Aéreas (GOLL4) registrou um prejuízo líquido de R$ 830 milhões no terceiro trimestre de 2024, o que representa uma redução de 36% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme divulgado em seu relatório de resultados nesta quarta-feira (13).

Na política nacional, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (12), o PL (Projeto de Lei) 4932/23, que obriga corretoras de criptoativos a ter sede no Brasil para atuar no país. Além dessa exigência, a proposta estabelece outras medidas de compliance para o setor. O objetivo é prevenir a lavagem de dinheiro. O projeto segue para votação no Senado.

EUA

O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, comentou na terça-feira que monitorará atentamente os números de inflação para avaliar a necessidade de outro corte de juros na próxima reunião do Fed em dezembro.

As probabilidades de um corte caíram de 77% na semana passada para 62%, segundo o CME Group, após terem atingido 84% no mês anterior.

Na semana passada, Powell reafirmou o compromisso de manter a política monetária de forma cautelosa e gradual, mencionando que o banco central não faria previsões com base nas políticas do governo Trump e seus possíveis impactos na economia.

Dow Jones Futuro: -0,28%

S&P 500 Futuro: -0,18%

Nasdaq Futuro: -0,18%

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, as bolsas encerraram majoritariamente em baixa, seguindo as perdas de Wall Street, enquanto o otimismo pós-eleição nos EUA esfriou.

Investidores asiáticos também analisaram os dados do Japão, que mostraram que a inflação no atacado atingiu 3,4%, o maior índice desde julho do ano passado.

Shanghai SE (China), +0,51%

Nikkei (Japão): -1,66%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,12%

Kospi (Coreia do Sul): -2,64%

ASX 200 (Austrália): -0,75%

Bolsas europeias

Já os mercados europeus também operam em queda, refletindo as preocupações com o aumento da inflação diante das tarifas propostas pelo então presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e suas escolhas para posições-chave no governo.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,12%

DAX (Alemanha): +0,12%

CAC 40 (França): +0,16%

FTSE MIB (Itália): +0,30%

STOXX 600: -0,06%