Abertura do mercado

Ibovespa abre em queda de olho no Orçamento de 2025; dólar sobe

Índices futuros dos EUA caem em dia de feriado

Ibovespa
Foto: CanvoPro/Ibovespa

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou pregão desta segunda-feira (2), em queda, com liquidez reduzida por conta do feriado do Dia do Trabalho nos EUA, e no cenário doméstico de olho no projeto de Orçamento de 2025.

Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o índice apresentava uma queda de 0,36%, aos 135.535 pontos.

Já o dólar comercial seguia uma performance no sentido contrário do índice, com uma alta de 0,38%, cotado a R$ 5,63.

Ibovespa opera com liquidez reduzida

Em um dia de liquidez reduzida devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, o Ibovespa iniciou a primeira sessão de setembro em queda. As atenções do mercado estão voltadas para a entrevista coletiva do Ministério do Planejamento sobre o projeto de Orçamento de 2025 e as reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com seus ministros.

O governo encaminhou na sexta-feira ao Congresso Nacional o projeto de Orçamento para 2025, prevendo um déficit primário zero para o próximo ano e mantendo a expectativa de crescimento de 2,6% para o PIB em 2025.

O texto projeta um aumento de 5,78% nas receitas federais acima da inflação para o próximo ano. Em relação às despesas, o Ministério do Planejamento indicou que elas estarão restritas ao teto de crescimento real de 2,50%, conforme estipulado pelo novo arcabouço fiscal.

A acentuada queda do minério de ferro na China, desencadeada por dados fracos da segunda maior economia global, também exerce pressão sobre o índice acionário brasileiro.

EUA

Os dados do payroll são considerados os mais relevantes da semana, pois fornecerão uma visão crucial sobre o estado atual do mercado de trabalho nos EUA. 

Além disso, esses números serão os últimos desse tipo antes da próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, marcada para 18 de setembro.

Cotação dos índices futuros:

Dow Jones Futuro: -0,11%

S&P 500 Futuro: -0,06%

Nasdaq Futuro: -0,03%

Bolsas asiáticas

Na Ásia, os mercados encerraram o dia de forma mista, influenciados pela desaceleração da indústria chinesa, que atingiu seu menor nível em seis meses em agosto. 

O índice de gerentes de compras (PMI) do National Bureau of Statistics, divulgado no sábado, revelou que a queda nos preços de fábrica e as dificuldades dos proprietários em garantir novos pedidos estão pressionando as autoridades a implementar mais estímulos econômicos.

Shanghai SE (China), -1,10%

Nikkei (Japão): +0,14%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,65%

Kospi (Coreia do Sul): +0,25%

ASX 200 (Austrália): +0,22%

Bolsas europeias

Na Europa, as bolsas começaram a semana em queda, com investidores avaliando as perspectivas do mercado e absorvendo os últimos dados de atividade econômica na região.

Em termos corporativos, as ações da plataforma imobiliária Rightmove subiram até 24% na abertura dos mercados e mantiveram uma alta de 21,16% após a notícia de que a rival australiana REA Group está considerando uma oferta para adquirir a empresa sediada no Reino Unido.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,03%

DAX (Alemanha): -0,18%

CAC 40 (França): -0,26%

FTSE MIB (Itália): -0,22%

STOXX 600: -0,33%

Radar corporativo que movimenta o Ibovespa

A Suzano (SUZB3) finalizou a compra de uma participação minoritária de 15% nas ações da Lenzing Aktiengesellschaft, uma empresa austríaca especializada em fibras especiais, anteriormente pertencentes ao Grupo B&C.

Com o fim das férias no hemisfério norte, empresas brasileiras estão se preparando para captar recursos no mercado internacional. A Eletrobras (ELET3) deve ser a primeira a se movimentar, com a emissão de bonds — títulos de dívida em dólar.

O grupo Mateus (GMAT3) informou no domingo (1) que não mantém negociações para compra de ações da rede de atacarejo Assaí (ASAI3).