Ibovespa abre em queda de olho nos EUA; dólar sobe

O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta quinta-feira (28) em queda, com o mercado atento à divulgação dos dados de mercado de trabalho locais.

Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava um recuo de 0,12%, aos 127.612 pontos.

Neste mesmo horário o dólar comercial percorria o sentido contrário do Ibovespa e avançava 0,99%, cotado a R$ 4,99.

Ibovespa é movimentado por indicadores

O Ibovespa terá um pregão agitado, nesta quinta-feira (28), com uma série de divulgações de indicadores, às vésperas de feriado, e com repercussões de falas de autoridades.

O Banco Central (BC) prevê um crescimento maior da economia em 2024. A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) do ano foi revisada de 1,7% para 1,9% e leva em conta uma atividade econômica mais forte que o esperado no primeiro trimestre do ano. 

Às 11h, o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, concedem entrevista coletiva em São Paulo.

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,8 por cento nos três meses até fevereiro. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 7,8 por cento por cento no período.

EUA

Os índices futuros dos EUA operam sem direção definida, com investidores à espera da versão final do Produto Interno (PIB) americano no quarto trimestre e às vésperas da inflação das despesas com consumo pessoal (PCE), uma das principais métricas de definição da política monetária nos EUA.

Na noite de quarta-feira (27), o diretor do Federal Reserve (Fed) Christopher Waller adotou um discurso mais conservador em relação aos cortes de juros, dizendo que não há pressa para iniciar a flexibilização.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,08%

S&P 500 Futuro: +0,06%

Nasdaq Futuro: -0,03%

Bolsas asiáticas

Os mercados asiáticos encerraram a sessão sem uma tendência definida, com as bolsas chinesas se beneficiando de um sentimento melhorado, enquanto Tóquio foi pressionada por ações negociadas ex-dividendo.

Enquanto isso, a bolsa australiana registrou uma nova máxima histórica antes do feriado de Páscoa.

Na China continental, os investidores ficaram mais otimistas após o presidente chinês, Xi Jinping, defender uma relação comercial mais estreita com os EUA durante uma reunião com líderes empresariais americanos em Pequim. Ele também assegurou que a segunda maior economia do mundo ainda não atingiu seu pico.

Shanghai SE (China), +0,59%

Nikkei (Japão): -1,46%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,91%

Kospi (Coreia do Sul): -0,34%

ASX 200 (Austrália): +0,99%

Bolsas europeias

Por outro lado, as bolsas europeias operam em alta no último dia do mês de março, com os investidores reagindo aos dados econômicos da região.

Os números do PIB confirmaram que a economia do Reino Unido entrou em recessão no ano de 2023, registrando uma contração de 0,3% no último trimestre.

Enquanto isso, a agência de estatísticas da Alemanha relatou um aumento leve no emprego em fevereiro. Além disso, são aguardadas as leituras de confiança das empresas e dos consumidores para a Itália.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,24%

DAX (Alemanha): +0,07%

CAC 40 (França): +0,24%

FTSE MIB (Itália): +0,08%

STOXX 600: +0,28%

Radar corporativo que movimenta o Ibovespa

A receita líquida da Gol (GOLL4) no quarto trimestre de 2023 (4T23) registrou um aumento significativo de 7%, atingindo R$ 5,042 bilhões em comparação com os R$ 4,727 bilhões do mesmo período do ano anterior, conforme anunciado pela companhia. 

A Oi (OIBR3) registrou, no quarto trimestre de 2023, prejuízo líquido de R$ 486 milhões, uma redução de 97,2% sobre a perda de R$ 17,149 bilhões no mesmo período de 2022. A empresa está em recuperação judicial.

A Cosan (CSAN3) divulgou os resultados referente ao quarto trimestre de 2023 (4T23), que não foram auditadas, devido à mudança da empresa de auditoria e à extensão do grupo de empresas.