O Ibovespa opera em queda nesta quarta-feira (25). Por volta das 10h10 (de Brasília), o índice recuava 0,28% a 110.268 mil pontos, puxado pela apreensão dos acionistas para as declarações do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano).
A instituição financeira divulgará nesta quarta (25) a ata com as novas decisões sobre a taxa básica de juros no país, o que desestabilizou o Ibovespa nesta manhã.
O presidente do banco, Jerome Powell, já havia dado sinais nas últimas semanas sobre uma nova alta nos juros norte-americanos, a fim de combater o avanço da inflação na região.
Entretanto, para alívio momentâneo dos acionistas, as bolsas dos EUA abriram recuperando as últimas perdas da semana. As ações de tecnologia, que puxaram as bolsas para baixo de forma semelhante como na Ásia, demonstraram melhora na abertura do pregão.
Com isso, o dólar opera em alta na manhã desta quarta (25). Às 10h08 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava valorização de 0,41%, vendida a R$ 4,38.
No cenário doméstico, os investidores da Bolsa aguardam também a possível redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para combustíveis e energia no País, além dos desdobramentos da presidência da Petrobras.
A decisão ainda depende de votação da Câmara dos Deputados, que será realizada nesta quarta (25). Os representantes também votarão para escolher o novo vice-presidente da Casa.
Enquanto isso, na Europa, as bolsas registraram recuperações modestas do último pregão.
Mesmo acionando o alerta em relação ao FED, e digerindo a divulgação em baixa de diversos PMIs na última semana, as bolsas da região reagiram aos dados econômicos positivos divulgados na Alemanha.
O PIB (Produto Interno Bruto) alemão teve alta de 0,2% no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do último ano. Ainda de acordo com os dados divulgados pela Destatis, agência alemã de estatísticas, os resultados estão alinhados com as projeções da região.
Ao mesmo tempo, o BCE (Banco Central Europeu) ainda planeja uma nova alteração dos juros na região. Fabio Panetta, membro do conselho executivo do BCE (Banco Central Europeu), afirmou que “o caminho natural” da instituição é começar a elevar os juros. A expectativa é que uma decisão concreta seja anunciada no mês de julho.
– FTSE 100 (Reino Unido), +0,45%
– DAX (Alemanha), +0,0,86%
– CAC 40 (França), +0,077%
– FTSE MIB (Itália), +0,53%
Já nos mercados asiáticos, o apoio econômico do Banco da China influenciou o fechamento em alta das bolsas da região.
Após constantes quedas das ações de tecnologia na região, consequentes dos diversos lockdowns por conta da Covid-19, a declaração pública do governo chinês impulsionou os papéis na Ásia.
A região também aguarda os desdobramentos do FED, de olho nas alterações das taxas de juros nos EUA.
– Nikkei (Japão), -0,26%
– Kospi (Coreia do Sul), +0,44%
– Hang Seng Index (Hong Kong), +0,29%
– Shanghai SE (China), +1,19%
O Ibovespa ainda lida com as alterações da Petrobras (PETR4), que além de manter as indefinições em sua política de preços, confirmou, na última terça (24), a redução no fornecimento de gás natural da Bolívia.