Abertura de mercado

Ibovespa abre em queda repercutindo movimentações de Trump; dólar sobe

Os mercados seguem atentos ao conflito Israel-Irã e as movimentações dos EUA em relação ao cenário

Ibovespa
Foto: CanvaPro/Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira, a B3 (B3SA3), iniciou o pregão desta segunda-feira (23) em queda. O movimento ocorre à medida que investidores repercutem os desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio.

Na madrugada de sábado, o governo norte-americano atacou as unidades de Fordow, Natanz e Isfahan, ligadas ao programa nuclear do Irã. O presidente Donald Trump declarou que a operação foi “muito bem-sucedida” e destacou a complexidade da ação. Além disso, alertou que novos bombardeios poderão ocorrer caso o Irã não aceite negociar.

Como resposta, o Irã atacou Israel com mísseis neste domingo (22). A escalada militar já provoca reflexos nos preços do petróleo e aumenta a incerteza sobre os rumos da economia mundial. A commodity segue operando em alta, o que acende um alerta para os riscos inflacionários dessa crise.

Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o Ibovespa apresentava uma queda de 0,21%, aos 136.828,13 pontos.

Já o dólar comercial seguia o sentido oposto, por volta das 10h15 (horário de Brasília) a divisa subia 0,05%, a R$ 5,52.

Ibovespa recua com Oriente Médio no radar

Na manhã desta segunda-feira (23), o Ibovespa opera pressionado, com investidores aguardando os desdobramentos das tensões no Oriente Médio e seus possíveis impactos sobre os preços do petróleo. A alta da commodity acaba gerando aversão ao risco, levando investidores a evitarem mercados de países emergentes, como o Brasil.

No cenário interno, a recente alta da Selic para 15% e os sinais de que o ciclo de aperto monetário pode estar chegando ao fim alimentam a expectativa de cortes futuros, o que impacta tanto o valuation das empresas quanto o mercado de renda fixa.

Apesar do cenário externo mais desafiador, o UBS BB elevou a recomendação para o Brasil para “overweight” (acima da média do mercado), citando o provável fim do ciclo de juros, as eleições de 2026 e a resiliência da economia brasileira frente às barreiras tarifárias impostas pelos EUA.

Agenda do dia

Indicadores

▪️ 04h30 – Alemanha: PMI/S&P Global composto de junho (preliminar)

▪️ 05h00 – Zona do euro: PMI/S&P Global composto de junho (preliminar)

▪️ 05h30 – Reino Unido: PMI/S&P Global composto de junho (preliminar)

▪️ 08h00 – FGV: IPC-S (semanal)

▪️ 08h25 – BC: Relatório Focus

▪️ 10h45 – EUA: PMI/S&P Global composto de junho (preliminar)

▪️ 11h00 – EUA: Vendas de moradias usadas em maio

▪️ 15h00 – Secex: Balança comercial (semanal)

Eventos

▪️ 05h00 – Christopher Waller (Fed) discursa em conferência

▪️ 10h00 – Lagarde (BCE) participa de sessão no Parlamento Europeu

▪️ 11h00 – Michelle Bowman (Fed) fala em evento

▪️ 14h10 – Austan Goolsbee (Fed) participa de sessão de perguntas e respostas em evento

▪️ 15h30 – Adriana Kugler participa do evento Fed Listens

▪️ Reunião de emergência da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para discutir Irã

▪️ Ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, deve se encontrar com Putin