
O clima de alívio nos mercados internacionais se refletiu diretamente no desempenho do Ibovespa, que inicou o primeiro pregão da semana em forte alta nesta segunda-feira (12).
O otimismo vem na esteira de um acordo comercial firmado entre EUA e China, que decidiram suspender parte das tarifas recíprocas por um período de 90 dias, sinalizando uma trégua temporária na disputa entre as duas maiores economias do mundo.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresenta uma alta de 0,59%, aos 137.317 pontos.
O dólar comercial seguia o mesmo sentido do índic,e ao passo que inciava o pregão desta segunda-feira (12) com avanço de 0,47%, cotado a R$ 5,68.
Acordo comercial anima mercados e impulsiona Ibovespa
O Ibovespa opera nos primeiros momentos da sessão com alta após o entendimento entre EUA e China, alcançado durante uma reunião realizada em Genebra, na Suíça, no fim de semana.
Na ocasião, representantes dos dois países fecharam um pacto para reduzir significativamente as tarifas de importação.
Do lado norte-americano, a alíquota sobre produtos chineses caiu de 145% para 30%. Já a China respondeu com um corte proporcional, baixando suas tarifas de 125% para 10% sobre bens vindos dos EUA.
O anúncio desencadeou uma busca global por ativos de risco, refletida em altas generalizadas nas bolsas internacionais e impulsionando os contratos futuros do principal índice da B3.
Analistas apontam que o movimento também pode reforçar o apetite por ações ligadas ao comércio exterior e commodities, especialmente no curto prazo.
Embora temporário, o acordo é visto como um gesto diplomático importante e pode abrir espaço para avanços mais estruturais nas negociações entre Washington e Pequim.
Petróleo sobe com perspectiva de maior demanda
Os efeitos do acrodo foram imediatos: os contratos futuros do petróleo operam em forte alta no exterior, impulsionados pela perspectiva de que o fluxo comercial entre as duas maiores economias do mundo ganhe novo impulso com a suspensão tarifária.
Embora ainda não haja um acordo definitivo, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sinalizou continuidade nas tratativas diplomáticas. “As negociações devem continuar nos próximos dias, mas o anúncio de uma pausa nas tarifas durante 90 dias já é suficiente para animar os mercados globais”, afirmou em entrevista.
O movimento marca uma reversão no clima de aversão ao risco que vinha predominando nos últimos meses, alimentado pelas sucessivas rodadas de tarifas entre Washington e Pequim. A trégua comercial temporária reacende o otimismo de que um entendimento mais amplo possa ser construído.
Agenda do dia
Indicadores
▪️ 05h00 – Fipe: IPC semanal
▪️ 08h00 – FGV: Primeira prévia de maio do IGP-M
▪️ 08h25 – BC: Pesquisa Focus
▪️ 15h00 – MDIC: Balança comercial semanal
Eventos
▪️ EUA anunciam pela manhã detalhes da negociação com a China
▪️ 11h25 – Adriana Kugler (Fed) discursa em evento do BC da Irlanda
▪️ Galípolo viaja para China para acompanhar comitiva de Lula
▪️ Zona do euro: Reunião do Eurogrupo
Balanços
▪️ Brasil/depois do fechamento: Petrobras, Natura, Sabesp, Yduqs, Brava Energia, Direcional, Even, IRB Re, Telefônica Brasil e Terra Santa
▪️ Brasil/antes da abertura: BTG Pactual