O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, a B3, iniciou a sessão desta terça-feira (4) em queda, enquanto os investidores analisam os acordos sobre as medidas tarifárias nos EUA e a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador iniciava o pregão com um leve recuo de 0,31%, aos 125.576 pontos.
Já o dólar comercial seguia o mesmo sentido do índice, ao passo que apresentava uma valorização negativa de 0,10%, cotado a R$ 5,80.
Lá fora, as negociações de tarifas de Donald Trump com seus parceiros comerciais geram incertezas. Essas dúvidas sobre a política tarifária afetam o preço do petróleo no mercado internacional, o que pode impactar as ações das petroleiras.
Além disso, os investidores também aguradam os próximos dados da temporada de resultados das empresas nos EUA e o início da temporada no Brasil.
Ibovespa recua enquanto mercado assimila ata do Copom
O Ibovespa inicia o pregão em queda, logo após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O documento aponta que, caso as projeções do cenário de referência se confirmem, a meta de inflação será descumprida em junho deste ano.
Segundo a ata, a inflação acumulada nos próximos 12 meses deve permanecer acima do limite superior da faixa de tolerância da meta durante os próximos seis meses, levando ao descumprimento da meta de inflação em junho, conforme a nova metodologia do regime de metas.
EUA
Os futuros das bolsas dos EUA estão em queda nesta terça-feira (4), após a China anunciar tarifas sobre as importações americanas, como resposta às tarifas dos EUA sobre seus produtos.
O governo chinês decidiu impor tarifas de até 15% sobre as importações de carvão e gás natural liquefeito dos EUA, além de elevar em 10% os impostos sobre petróleo bruto, equipamentos agrícolas e veículos selecionados, a partir de 10 de fevereiro.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,26%
S&P 500 Futuro: -0,21%
Nasdaq Futuro: -0,14%
Bolsas asiáticas
Os mercados da região Ásia-Pacífico encerraram o dia em sua maioria com ganhos, impulsionados pela decisão de Donald Trump de adiar por um mês a aplicação de tarifas sobre o México.
O Canadá também informou que Trump suspendeu as tarifas planejadas sobre suas exportações.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, avançou 2,83%, enquanto a China aplicou tarifas de até 15% sobre os produtos dos EUA, como retaliação às taxas impostas pelos americanos sobre suas exportações. Vale notar que a China segue com os mercados fechados devido ao Ano Novo Lunar.
Bolsas europeias
Já os mercados europeus estão operando em queda, apesar da suspensão das tarifas por Trump sobre os produtos do Canadá e do México.
Na segunda-feira (3), os mercados globais registraram perdas, com os investidores reagindo às medidas comerciais de Trump contra o Canadá, o México e a China, além das ameaças de tarifas sobre os produtos da União Europeia e do Reino Unido.
Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão): +0,72%
Hang Seng Index (Hong Kong): +2,83%
Kospi (Coreia do Sul): +1,13%
ASX 200 (Austrália): -0,06%