O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta terça-feira (14) oscilando, com investidores aguardando novas informações para entender a trajetória dos juros nos EUA. O mercado segue atento à questão fiscal no Brasil e aguarda a divulgação de dados da Anfavea.
Por volta das 10h28 (horário de Brasília) o marcador estava em queda de 0,15%, aos 118.832 pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma queda de 0,27%, cotado a R$ 6,0809.
As incertezas sobre os juros fazem com que a divulgação da inflação ao consumidor nos EUA, na quarta-feira (15), seja ainda mais aguardada. “A próxima reunião (do Fed) ainda é uma incógnita, mas os dados de conjuntura devem orientar os investidores”, comenta o coordenado da comissão de economia da Apimec, Alvaro Bandeira.
No Brasil, o temor sobre a possibilidade de déficit fiscal em 2025 continua influenciando o Ibovespa. Investidores acompanham a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa da cerimônia de posse do novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Sidônio Palmeira, às 11h.
Ainda na agenda nacional desta terça-feira (14), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulga o fechamento de 2024 e fala sobre os planos para 2025.
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
Nos EUA, investidores também acompanham as notícias sobre o presidente eleito Donald Trump, que volta à Casa Branca em 20 de janeiro. Os mercados externos estão em recuperação, em resposta às informações de que Trump deve aumentar tarifas gradualmente, a fim de limitar o impacto inflacionário das medidas.
Na agenda nacional, o mercado também reage à participação de Lula no lançamento do programa Mais Professores, às 16h; e à definição da data para a eleição da presidência e de outros cargos da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, marcada para 1º de fevereiro. O mandato é de dois anos.
Voltando ao exterior, a forte alta do minério de ferro na China influencia o Ibovespa, assim como os resultados de uma pesquisa da “Reuters” que projetam uma desaceleração do crescimento do país asiático, para 4,5% em 2025, como resultado da imposição de tarifas dos EUA, prometida por Trump.
EUA
Os índices futuros das bolsas dos EUA registram valorização nesta terça-feira (14), com foco no dado do índice de preços ao produtor (PPI) de dezembro, que será divulgado às 10h30.
A projeção é de um aumento de 0,3% em relação ao mês anterior e de 3,4% na comparação anual. Esse indicador pode fornecer pistas importantes sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed) em relação à política monetária.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,34%
S&P 500 Futuro: +0,52%
Nasdaq Futuro: +0,73%
Bolsas asiáticas
Na região Ásia-Pacífico, os mercados fecharam majoritariamente em alta, com exceção do índice Nikkei, no Japão. Isso ocorreu após informações de que membros da equipe econômica do presidente eleito Donald Trump estão discutindo uma estratégia gradual para o aumento das tarifas.
O vice-governador do Banco do Japão (BOJ), Ryozo Himino, sinalizou a possibilidade de um aumento na taxa de juros já na próxima semana, indicando que o comitê discutirá a questão.
Sua declaração foi além das recentes observações feitas por seu superior sobre a reunião de janeiro, e Himino afirmou que a chance de a perspectiva do banco central se concretizar tem aumentado.
Shanghai SE (China), +2,54%
Nikkei (Japão): -1,83%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,83%
Kospi (Coreia do Sul): +0,31%
ASX 200 (Austrália): +0,48%
Bolsas europeias
Os mercados europeus também operam em alta, revertendo o pessimismo que dominava a região, embora os investidores estejam atentos aos custos de empréstimos das principais economias europeias nesta semana, à medida que os rendimentos dos títulos permanecem elevados.
Na França, o primeiro-ministro François Bayrou deve apresentar, em breve, um discurso detalhando um acordo que visa suavizar as reformas da previdência em troca do apoio da esquerda para a aprovação do orçamento.
O governo de Bayrou, formado no mês passado após a queda do governo anterior, busca garantir apoio de partidos da oposição, especialmente dos socialistas, para evitar que o orçamento para 2025 seja rejeitado.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,06%
DAX (Alemanha): +0,73%
CAC 40 (França): +1,12%
FTSE MIB (Itália): +0,71%
STOXX 600: +0,64%