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Ibovespa abre volátil em dia de indicadores inflacionários; dólar avança

Ibovespa abre volátil em dia de indicadores inflacionários; dólar avança

Amanda Perobelli/Reuters

O Ibovespa opera de forma volátil nesta quarta-feira (01). Por volta das 10h21 (de Brasília), o índice recuava 0,13% a 111.208 pontos, em dia de divulgação de diversos índices sobre inflação e serviços no Brasil e no mundo. Enquanto isso, o dólar tem alta no início do pregão.

O avanço do petróleo repercutiu entre os acionistas nesta quarta (1), principalmente com as indefinições sobre o preço dos combustíveis e a presidência da Petrobras (PETR4), o que influenciou a abertura do Ibovespa em meio ao retrocesso das bolsas do exterior.

Logo, a expectativa dos acionistas do mercado fora do Brasil está voltada para os anúncios inflacionários e de serviços nos EUA.

Os investidores norte-americanos observam as reuniões de Jerome Powell, presidente do FED (Federal Reserve, banco norte-americano), que pode traçar novos rumos para o aperto monetário da região.

Além disso, os acionistas aguardam também a divulgação do PMI (Índice de gerentes de compras) industrial do setor de manufatura, e o relatório sobre empregos na região.

Com isso, o dólar opera em alta na manhã desta quarta (01). Às 10h25 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava valorização de 0,29%, vendida a R$ 4,745. 

Já no mercado europeu, os dados inflacionários e de serviços da região também ditam o ritmo do desempenho das bolsas.

A taxa de desemprego na zona do euro permaneceu no nível de 6,8%, próximo à estabilidade prevista pelos acionistas. Com isso o ING Group, instituição financeira holandesa, destacou o aperto contínuo no mercado de trabalho da região, apesar do arrefecimento da economia. 

A Alemanha, por sua vez, registrou queda de 5,4% nas vendas do varejo entre os meses de março e abril, enquanto o PMI industrial da zona do euro teve a menor queda desde janeiro de 2021.

Com isso, os novos discursos de Christine Lagarde, presidente do BCE (Banco Central Europeu) em evento do BIS (Banco de Compensações Internacionais) podem indicar novos rumos para o aperto monetário na região.

– FTSE 100 (Reino Unido), +0,035%
– DAX (Alemanha), +0,60%
– CAC 40 (França), +0,49%
– FTSE MIB (Itália), +0,17% 

Em contrapartida, as bolsas asiáticas acompanham os desdobramentos do mercado acionário de Nova York, além dos dados de serviço da Europa.

Entretanto, o PMI industrial do mês de maio na China ainda não dita o ritmo positivo das bolsas da região, mesmo após resultado que indicou uma expansão industrial no país.

Já no Japão, foi aprovado o orçamento extra de US$ 21 bilhões para combater a alta dos alimentos e combustíveis, derivados da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

O retorno das atividades comerciais em Xangai e Pequim também impulsionam a economia local, após dois meses de lockdowns por conta do aumento de casos de Covid-19 na região.

– Nikkei (Japão), +0,65%
– Hang Seng Index (Hong Kong), -0,56%
– Shanghai SE (China), -0,13%

De volta ao Brasil, o campo de negócios também mexe com a Bolsa. A Oi (OIBR3) fechou um acordo com a Anatel, em que a agência reguladora reduziu em 54,99% a dívida bilionária da operadora. 

De acordo com fato relevante divulgado na CVM (Comissão de Valores Imobiliários), na noite da última terça (31), a dívida da Oi saiu de R$ 20,237 bilhões para R$9,109 bilhões.

Já o Santander (SAND11) anunciou que vai contratar 1,2 mil agentes de investimento e 100 operadores de mercado até abril do ano que vem para tentar aumentar o prestígio de sua corretora no mercado. A companhia tem o desejo de competir com empresas como o BTG Pactual (BPAC11) e a XP.

Além disso, a prefeitura de Fortaleza afirmou que irá emitir uma ação judicial contra a Petrobras, por conta da venda da refinaria Lubnor para a Grepar Participações. 

De acordo com pronunciamento do prefeito da cidade, José Sarto (PDT), em suas redes sociais, a compra feita pela petroleira no valor de US$ 34 milhões motivou o processo de judicialização. 

Logo, o comportamento do Ibovespa ao longo do dia aguarda não somente os desdobramentos dessas companhias, como também a última fala de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. O representante reafirmou que “o ciclo de aperto da Selic está no fim”.

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