Ibovespa acompanha crescente global e abre em alta; dólar avança

Recuperação das bolsas internacionais também são destaque

O Ibovespa opera em queda nesta sexta-feira (27). Por volta das 10h23 (de Brasília), o índice recuava 0,19% a 110.793 mil pontos, na contramão das bolsas norte-americanas após anúncios inflacionários no país. Enquanto isso, o dólar avança.

O principal fator que impulsionou os mercados dos EUA e não atingiu positivamente o Ibovespa foi a divulgação do PCE (Índice de preços de gastos com consumo) da região.

O índice, que teve alta de 0,3% no mês de abril em comparação com março, foi alinhado com as expectativas do mercado, e representou também a alta de 4,9% na comparação anual.

De acordo com os dados da pesquisa divulgada pelo Departamento de Comércio norte-americano, os acionistas esperam que o ciclo de aperto monetário no segundo semestre deste ano seja relaxado, e que as bolsas possam fechar a semana de forma positiva após longos dois meses.

Com isso, o dólar opera em alta na manhã desta sexta (27). Às 10h24 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava valorização de 0,24%, vendida a R$ 4,777.

Já no Brasil, os destaques que influenciaram a Bolsa estão no setor corporativo. A BRF (BRFS3) decidiu executar cortes de custos para atingir uma economia de R$ 500 milhões/ano. 

A decisão aconteceu após um primeiro trimestre de péssimos resultados, numa tentativa de alavancar suas ações rapidamente.

Enquanto isso, na Europa, os acionistas acompanham os desdobramentos de assuntos sobre a política da região, porém, que tem impacto direto na movimentação das ações e negócios.

Com o término do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, a expectativa é de que o BCE (Banco Central Europeu) realize uma pausa nos ajustes da taxa básica de juros no continente.

Porém, em meio ao constante conflito entre Rússia e Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o país está pronto para ajudar a diminuir a crise de abastecimento internacional de alimentos. Moscou, por sua vez, reforçou que é necessário que o Ocidente retire as sanções econômicas impostas contra os russos para que isso aconteça. A afirmação ocorreu em uma conversa por telefone com o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi.

– FTSE 100 (Reino Unido), +0,22%
– DAX (Alemanha), +1,01%
– CAC 40 (França), +1,11%
– FTSE MIB (Itália), +0,33% 

Já na Ásia, o destaque positivo ficou no desempenho da bolsa de Tóquio. Após fechamentos consecutivos em queda, o primeiro ministro do Japão informou que a partir do dia 2 de junho, as fronteiras para viajantes e visitantes serão reabertas.

O anúncio foi otimista para as ações de turismo e tecnologia no país, que já reagiram e tiveram consideráveis altas.

Agora, os analistas também seguem com o radar ligado sobre os casos de Covid-19 na China, que procura impulsionar a economia novamente após lockdown em grandes cidades como Pequim.

– Nikkei (Japão), +0,66%
– Kospi (Coreia do Sul), +0,98%
– Hang Seng Index (Hong Kong), +2,89%
– Shanghai SE (China), +0,23%

De volta ao mercado corporativo no Brasil, a Petz (PETZ3) anunciou nova aprovação do pagamento de dividendos, que será realizado no dia 30 de junho deste ano.

Enquanto isso, os desdobramentos na Eletrobras (ELET6) seguem no radar. A Furnas, subsidiária da companhia, precisará realizar o aporte de R$ 1,58 bilhão pela Seasa (Usina Santo Antônio Energia).

A compra será para evitar uma possível inadimplência da Seasa, que poderia comprometer o processo de capitalização da maior companhia elétrica do Brasil, assunto que segue influenciando o Ibovespa.