O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, avança nesta quarta-feira (27), quebrando a sequência de sete dias seguidos de baixa. Às 13h30 (de Brasília), o índice tinha alta de 1,30%, operando por volta dos 109.620 pontos.
A melhora no desempenho da Bolsa ocorre apesar da alta do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerado uma prévia da inflação oficial do País. O índice registrou alta de 1,73% em abril, maior taxa desde 1995. No entanto, o indicador veio menor do que o esperado pelo mercado.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 12,03%. Na parcial do ano, os preços subiram 4,31%. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a gasolina foi a principal responsável pela alta da inflação em abril, com alta de 7,51%. Dessa forma, os grupos de Transportes e Alimentação e bebidas apresentaram as maiores altas.
O petróleo Brent recua 0,56%, com o barril sendo negociado a US$ 104,02. Os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) sobem 0,27%, enquanto os preferenciais (PETR4) têm leve alta de 0,06%. Já a Vale (VALE3) tem alta de 5,28%, a R$ 82,12, e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) avança 6,13%. A Vale deve divulgar o balanço corporativo do primeiro trimestre nesta quarta-feira (27), após o fechamento do mercado. A expectativa é, em geral, de números neutros.
No setor financeiro, as ações do Santander (SANB4) cedem 0,30%, refletindo o resultado corporativo divulgado na terça-feira (26). O Itaú (ITUB4) recua 0,24%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) avança 0,53%.
A Weg (WEGE3) tem alta de 4,84%, a R$ 31,45, após a empresa divulgar seu balanço trimestral. A companhia registrou lucro líquido de R$ 943,9 milhões nos três primeiros meses do ano, avanço de 23,5% na comparação anual.
Além do Ibovespa, o dólar tem alta de 0,31%, chegando aos R$ 4,9840, com investidores monitorando os impactos econômicos da guerra entre Ucrânia e Rússia. Além disso, repercutem ainda as medidas mais restritivas adotadas pela China para conter surtos de covid-19 e chances de uma atitude mais agressiva por parte do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) em relação a alta de juros nos EUA.