Ibovespa avança e assegura fechamento semanal positivo; dólar cai

Principal índice da bolsa brasileira subiu 2,13% na sexta-feira

O Ibovespa fechou a primeira semana de setembro em alta de 1,25%, mas até a véspera, acumulava baixa. Nesta sexta-feira (9), o pregão encerrou com avanço de 2,13% para os 112.251 pontos, com deflação no radar após leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O dólar, por sua vez, caiu 1,26%, vendido a R$ 5,14.

O IPCA , que mede a inflação oficial no País, apresentou deflação de 0,36%% em agosto na comparação com julho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, o índice caiu para o patamar de um dígito nos últimos doze meses, de 8,73%.

“O movimento deflacionário vem refletindo no preço das ações, que estão passando por um bom momento de alta, e a curva de juro que apresenta queda. As apostas de que o aperto monetário está terminando voltam para a mesa”, apontou Felipe Moura, analista de investimentos da Finacap.

Para setembro, ainda se espera outro movimento deflacionário, segundo Moura, refletindo os cortes mais recentes da Petrobras no preço do combustível. “O petróleo começa a apresentar uma correção relevante, inclusive já voltando a patamares pré-guerra entre Rússia e Ucrânia. Isso deve aumentar ainda mais a confiança dos investidores”, disse.

Entre as maiores altas do Ibovespa a Americanas (AMER3) liderou, subindo 8,65%, a R$ 16,44. No setor de varejo, Magazine Luiza (MGLU3) avançou 1,86%, a R$ 4,37, e Méliuz (CASH3) ganhou 2,34%, a R$ 1,31.

Ainda entre os destaques, Vale (VALE3) e CSN (CMIN3), ambas de mineração, fecharam em alta de 7,64% e 4,79%, respectivamente. “As ações da Vale refletiram a puxada para cima no preço do minério de ferro, que atingiu o maior patamar em duas semanas. Isso porque os novos estímulos do governo chinês anunciados para apoiar a economia animaram os mercados”, explicou Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital. 

No setor de minério, Usiminas (USIM5) subiu 3,46% e Gerdau (GGBR4) fechou com alta de 3,85%. 

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) também fecharam entre os maiores ganhadores do pregão, subindo 7,72% e 7,98%.

No setor de petróleo, Petrobras (PETR3;PETR4) caiu, respectivamente, 0,06% e 0,03%. PetroRio (PRIO3) encerrou a semana em alta de 1,56%, enquanto Petrorecôncavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3) avançaram 2,58% e 2,38%. 

O clima também era favorável para os bancos. Santander (SANB11) ganhou 2,03%, a R$ 30,13, Itaú (ITUB4) avançou 0,79%, a R$ 26,75, Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) subiram, respectivamente, 1,26% e 2,81%. 

Na construção, Cyrela (CYRE3) ganhou 3,96%, a R$ 16,81, e Eztec (EZTC3) teve alta de 2,16%, a R$ 19,88, e MRV (MRVE3) subiu 6,92%, a R$ 12,20.

BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3), ambas no setor de proteína, apontaram entre os destaques negativos, caindo 2,49% e 1,31%. JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) fecharam em alta de 1,34% e 0,08%, respectivamente. 

Ainda entre os destaques negativos, Iguatemi (IGTI11) caiu 1,98%, Assaí (ASAI3) teve baixa de 1,15%, e CPFL (CPFE3) recuou 1,01%.

No exterior, Nasdaq, Dow Jones e S&P 500 caminhavam para fechamento no azul, como o Ibovespa. Europa e Ásia também encerraram a sexta-feira em alta. 

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