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Ibovespa avança mais de 1% com alívio de inflação dos EUA; dólar sobe

O mercado reagia também a dados sobre o CPI dos EUA

Foto: Canva
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, enfrenta uma sessão de ganhos durante esta quarta-feira (15), com avanço superior a 1%, se aproximando dos 121 mil pontos, beneficiado pelo movimento positivo das bolsas norte-americanas e pela queda nos rendimentos dos Treasuries. 

O mercado reagia também a dados sobre o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA.

Por volta das 13h40 (horário de Brasília) o marcador apresentava um forte avanço de 1,21%, aos 120.748 pontos.

Já o dólar comercial seguia o mesmo sentido da Bolsa, porém em proporções menores, ao passo que apresentava uma leve alta de 0,05%, cotado a R$ 6,04.

Apesar da tendência positiva do mercado brasileiro na sessão, analistas continuam ajustando suas previsões para o desempenho do Ibovespa em 2025.

Fatores como as condições financeiras mais apertadas e o impacto nos lucros das empresas estão entre as preocupações citadas. 

No final de terça-feira (14), o Safra revisou sua estimativa para o índice, reduzindo a projeção para 141.500 pontos, citando aumento do protecionismo, menor corte de juros nos EUA, incertezas fiscais no Brasil e a política de aperto da Selic.

Ibovespa sobe com inflação abaixo das expectativas

O Ibovespa estende os ganhos do início do pregão sendo influenciado, principalmente, com os dados dos EUA, do Departamento do Trabalho revelou que o CPI subiu 0,4% em dezembro, após uma alta de 0,3% no mês anterior. 

A taxa anualizada ficou em 2,9%, um aumento em relação aos 2,7% registrados em novembro. Economistas esperavam aumentos de 0,3% e 2,9%, respectivamente.

Ao excluir alimentos e energia, a inflação subjacente (núcleo do CPI) teve uma alta de 0,2%, após quatro meses consecutivos de crescimento de 0,3%. Isso resultou em uma inflação de 3,2% nos últimos 12 meses, abaixo da alta de 3,3% registrada até novembro.

Segundo a ferramenta FedWatch, da CME, a probabilidade de o Federal Reserve manter a taxa de juros inalterada na reunião de 28 e 29 de janeiro segue em 97%.

Contudo, o mercado antecipou para junho a expectativa de que a taxa permaneça entre 4,00% e 4,25%, abaixo da faixa atual de 4,25% a 4,50%.

EUA

Na mesma sessão, os principais índices de Wall Street subiam, com o S&P 500 atingindo seu maior nível em uma semana.

Os mercados reagiram positivamente a dados do núcleo da inflação de dezembro, que ficaram abaixo das expectativas, além de balanços financeiros sólidos dos maiores bancos dos EUA.

O mercado já precificava uma probabilidade de cerca de 50% de que o Federal Reserve cortasse a taxa de juros duas vezes até o final de 2025, com a primeira redução prevista para junho.

Os investidores também estavam atentos aos resultados trimestrais dos grandes bancos.

O JPMorgan Chase registrou um lucro recorde no quarto trimestre, subindo 0,6%, enquanto o Wells Fargo avançou 4,2% após superar as expectativas de lucro.

O Goldman Sachs teve uma alta de 4,9%, após anunciar o melhor lucro trimestral desde o terceiro trimestre de 2021, enquanto o Citigroup subiu 3,9% com seus resultados positivos.

Cotação dos índices dos EUA:

Dow Jones: +1,25%

S&P 500: +1,30%

Nasdaq: +1,79%