O Ibovespa opera em alta nesta sexta-feira (24). Por volta das 10h08 (de Brasília), o índice avançava 0,44% a 98.518 mil pontos, guiado pelo sentimento positivo no mercado internacional e indo contra os dados de inflação no Brasil. Enquanto isso, o dólar registra novas perdas no início do pregão.
A divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) – prévia da inflação oficial do país – era o indicador mais aguardado para esta sexta (24) antes da abertura do Ibovespa.
O resultado ficou em 0,69% para o mês de junho, superior aos 0,59% apresentados em maio.
De acordo com o índice divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alta acumulada nos últimos 12 meses é de 12,04%, e de 5,65% entre os meses entre janeiro e junho de 2022.
Dessa forma, as expectativas dos acionistas se voltam aos novos desdobramentos da taxa básica de juros não só no Brasil, mas também nos EUA.
Com indicadores importantes para serem divulgados nesta sexta (24), as bolsas norte-americanas operam de forma positiva no início do pregão.
Os dados de vendas de novas casas e a sondagem do consumidor ficam no radar dos investidores dos EUA.
Com isso, o dólar opera em queda na manhã desta sexta (24). Às 10h14 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava retração de 0,28%, vendida a R$ 5,226.
Já na Europa, as bolsas operam em alta no último pregão da semana, apesar das perdas acumuladas desde a última segunda-feira (20).
Com o bom desempenho das bolsas norte-americanas, os acionistas europeus ficam de olho nas declarações que serão feitas nesta sexta (24) por dirigentes do BCE (Banco Central Europeu), do BoE (Banco da Inglaterra) e também do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano).
A expectativa é de que as declarações das instituições monetárias apontem para mais otimismo no mercado da região, visto que os últimos indicadores econômicos divulgados na Europa foram desanimadores.
As vendas no varejo do Reino Unido tiveram retração de 0,5% entre os meses de abril e maio deste ano.
A queda foi menor que o esperado pelos especialistas, mas o indicador recuou 4,7% em relação ao mesmo período de 2021.
Enquanto isso, o índice Ifo da Alemanha, responsável por medir a confiança das empresas alemãs, caiu para 92,3 pontos, muito abaixo do aguardado pelos mercados.
Logo, a boa notícia ficou para o PIB (Produto Interno Bruto) da Espanha, que teve avanço de 0,2% nos três primeiros meses de 2022, em relação ao resultado do mesmo período do ano passado.
– DAX (Alemanha), +0,73%
– FTSE 100 (Reino Unido), +1,67%
– CAC 40 (França), +1,85%
– FTSE MIB (Itália), +0,99%
Após uma semana intensa de muitas perdas, os mercados acionários da Ásia terminaram o último pregão com ganhos.
Mesmo em meio aos riscos de recessão e a perdas recordes acumuladas, como nas bolsas da Coreia do Sul, o tom positivo aliviou as ações de tecnologia na região.
Isso só aconteceu por conta da recuperação e dos ganhos acumulados em Wall Street no final da última quinta (23), o que acalmou os acionistas asiáticos. Os temores da região estão pautados na decisão de aumento de juros nos EUA.
– Nikkei (Japão), +1,23%
– Kospi (Coreia do Sul), +2,26%
– Hang Seng Index (Hong Kong), +2,09%
– Shanghai SE (China), +0,89%
De volta ao cenário doméstico, a aprovação de dividendos movimentou o campo corporativo brasileiro. A Sanepar (SAPR11) informou a aprovação do pagamento de R$ 154,2 milhões em JCP (Juros sobre Capital Próprio) aos seus acionistas.
A empresa confirmou que o valor total dos proventos será de R$ 0,09 por ação ordinária e R$ 0,10 por ação preferencial.
Por sua vez, a B3 (B3SA3) pagará R$ 360 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,0606 por ação. Serão também distribuídos R$ 413 milhões em dividendos, no total de R$ 0,0694 por ação.
Ainda no radar no Ibovespa, a Lojas Renner (LREN3) confirmou o pagamento de JCP no valor de R$ 159 milhões, correspondentes a R$ 0,164187 por ação.