Mesmo com o Ibovespa renovando suas máximas históricas em 2024, diversas ações do índice apresentaram contrações expressivas no acumulado do ano. Dentre essas quedas, a Azul (AZUL4), que já havia registrado contração recente, teve a maior queda do Ibovespa no período, despencando 71%. O recuo recente da Azul está diretamente ligado aos rumores envolvendo recuperação judicial.
Além disso, outras empresas mais sensíveis aos juros estão entre as maiores quedas do Ibovespa, considerando que o mercado paulatinamente vem revisando suas projeções da Selic (taxa básica de juros) para cima. Com isso, a tese de juros básicos de um dígito nos próximos meses está caindo por terra.
Assim, empresas dos setores de educação e varejo estão na ponta negativa do índice, como a Magazine Luiza (MGLU3) e a Cogna (COGN3), que recuam 43% e 61%, respectivamente.
As perdas vêm desconsiderando alguns resultados divulgados recentemente, observados como sólidos.
“O Magazine Luiza apresentou sólidos resultados no segundo trimestre, com um desempenho ainda moderado, mas com receita acelerando e rentabilidade melhor, em cima de ajustes de preços e maior penetração de serviços”, disse a XP sobre o último balanço da varejista, de acordo com o “Suno”.
Mercado terá semana mais calma, mas EUA nortearão Ibovespa
Na primeira semana de setembro, o mercado está num ritmo mais lento, com feriados nos EUA, que devem reduzir a liquidez dos mercados na segunda-feira (2). No Brasil, as atenções do dia estarão voltadas para o Boletim Focus.
No Brasil e no exterior, a agenda econômica deve ganhar mais relevância para o mercado ao longo da semana, com a divulgação dos dados do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil e do PMI (Índice de Gerentes de Compras) Industrial nos EUA.
Ainda nos EUA, o mercado deve se atentar aos números da oferta de empregos JOLTs na quarta-feira (4), além de dados de emprego do setor privado e Payroll ao longo da semana.