Abertura de mercado

Ibovespa cai após dados fracos no Brasil e EUA; dólar sobe

Investidores digerem o dado de inflação ao produtor nos EUA, que ficou estável, e a queda no setor de Serviços em agosto, no Brasil

Ibovespa
Foto: Freepik

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou o pregão desta sexta-feira (11) em queda, com os investidores digerindo os dados de inflação ao produtor (PPI) dos EUA.

O mercado também reage à primeira queda no volume do setor de Serviços no Brasil em seis meses, no mês de agosto.

Por volta das 10h10 (horário de Brasília), o índice apresentava recuo de -0,23%, aos 130.051 pontos.

dólar comercial, por sua vez, seguia uma performance no sentido contrário ao índice, com avanço de 0,19%, cotado a R$ 5,5974.

Queda no setor de Serviços pode aliviar inflação e Ibovespa reage

O volume do setor de Serviços recuou 0,4% em agosto, a primeira queda desde fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (11).

No mês anterior, o setor surpreendeu com crescimento de 1,2%. Já na comparação com agosto de 2023, houve crescimento de 1,7%, no quinto resultado positivo dessa leitura.

No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 2,7% frente a igual período de 2023. Já no indicador dos últimos 12 meses, houve avanço de 1,9% em agosto, repetindo as últimas taxas de junho e julho.

Os dados do mês vieram piores que o esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava uma alta de 0,2% no volume do setor na comparação mensal. Na medição anual, a estimativa era de crescimento de 3,6%.

O dado, apesar de negativo do ponto de vista do crescimento do país, visto que indica um recuo na atividade econômica, ajuda a aliviar as pressões inflacionárias, que tem preocupado o BC (Banco Central). A persistência na inflação foi o que levou o Copom (Comitê de Política Monetária) a subir os juros em 0,25% na última reunião.

EUA

Nos EUA, o dado de maior destaque nesta sexta-feira (11) é o PPI (índice de preços ao produtor), se manteve estável (0,0%) em setembro, após ter registrado um aumento de 0,2% em agosto, conforme divulgado pelo Departamento do Trabalho. A taxa anual desacelerou de 1,9% para 1,8%.

O resultado mensal foi levemente melhor do que o esperado, já que a projeção dos analistas da LSEG era de um avanço de 0,1% no indicador. A estimativa para a inflação anual era de 1,6%.

O resultado ajuda a reforçar o afrouxamento da política monetária nos EUA. Na última reunião, o Fed (Federal Reserve) cortou os juros em o,50 p.p. Agora, a maioria dos analistas de mercado prevê outro corte de 0,25 p.p no próximo encontro.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,05%

S&P 500 Futuro: -0,12%

Nasdaq Futuro: -0,24%

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