Ibovespa fecha em queda acompanhando exterior; dólar sobe

Principal índice da bolsa brasileira, Ibovespa teve baixa de 0,96%, aos 115 mil pontos

O Ibovespa encerrou com recuo acompanhando o exterior e em dia de deflação no Brasil, que segundo analistas, veio abaixo do mercado em setembro. Com isso, o principal índice da bolsa brasileira teve baixa de 0,96%, aos 115 mil pontos. O dólar, por sua vez, subiu 1,92%, a R$ 5,28.

“Os indícios mais fortes de uma recessão global e um recrudescimento dos juros nos países para tentar conter o ímpeto da inflação têm causado aversão a risco. O mercado também está pessimista em relação aos dados de inflação dos EUA, o CPI, que será divulgado na próxima quinta”, explicou Cassiano Konig, sócio da GT Capital.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no País, apresentou deflação de 0,29% em setembro na comparação com agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo Konig, a deflação já veio menor que o esperado pelo mercado. 

Entre as maiores quedas do Ibovespa, Locaweb (LWSA3) liderou, com recuo de 7,11%. CVC (CVCB3) desvalorizou 5,64% e Qualicorp (QUAL3) teve baixa de 5,25%. 

Petz (PETZ3) e Via (VIIA3) encerraram em queda de 3,93%  e 4,07%, também entre os maiores perdedores. No setor de varejo, Magazine Luiza (MGLU3) desvalorizou 3,01%. Americanas (AMER3) caiu 0,39%. 

No varejo de moda, Arezzo (ARZZ3) recuou 1,16%. Marisa (AMAR3) perdia 4,74%. Lojas Renner (LREN3) perdeu 2,18%. 

Já entre os destaques positivos, Braskem (BRAKM5) disparou 20,47%, após a gestora americana, Apollo, realizar uma nova oferta pela Braskem (BRKM5), segundo informações de Lauro Jardim, do “O Globo”. De acordo com a publicação, a empresa aceitaria pagar R$ 50 por ação, uma proposta 25% acima da anterior. 

No setor de energia, Raízen (RAIZ4) subiu 6,86% e Cosan (CSAN3) se recuperava das perdas no último pregão, com alta de 2,01%, ambas entre destaques.

Rumo (RAIL3) também apresentou recuperação do pregão da véspera, subindo 4%, entre os maiores ganhadores. Para fechar o ranking, Cielo (CIEL3) avançou 1,59%. 

No setor de petróleo, Petrobras (PETR3;PETR4) perdeu 0,57% e 0,78%. PetroRio (PRIO3) subiu 0,16%. Petrorecôncavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3) recuaram, respectivamente, 1,04% e 0,98%. 

Entre as mineradoras, Vale (VALE3) perdeu 0,85%. CSN (CMIN3) registrou baixa de 2,45%. Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) operaram na contramão, com altas de 1,18% e 0,46%, respectivamente.

No setor bancário, Santander (SANB11) perdeu 2,56%. Bradesco (BBDC4) teve queda de 0,40%. Itaú (ITUB4) desvalorizou 0,52%. Banco do Brasil (BBAS3) recuou 2,37%. 

O exterior, que puxou o Ibovespa, foi majoritariamente negativo. No entanto, Dow Jones se descolou, subindo 0,12%. Nasdaq e S&P 500 perderam, respectivamente, 1,10% e 0,63%. Europa e Ásia também fecharam no vermelho.