Ibovespa cede para o exterior novamente e cai 0,58%

Dólar encerra em alta a R$ 5,59

O Ibovespa caiu 0,58% na sessão desta terça-feira (14), em mais uma sessão volátil. O índice chegou a flertar com os 109 mil pontos, mas caiu ao ceder às pressões do mercado externo novamente. No radar dos investidores, a PEC dos Precatórios pode ser votada ainda hoje na Câmara dos Deputados, além da chegada da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). O exterior repercute os dados da inflação ao produtor dos Estados Unidos, o que colaborou para o “mau humor” do mercado internacional.

Retornando a agenda dos investidores, a votação da PEC dos Precatórios pode ser votada ainda hoje pelo Plenário da Câmara dos Deputados, de acordo com o relator da proposta, Hugo Motta (Republicanos). O Governo Federal corre para tentar a aprovação do texto o quanto antes por conta da chegada no recesso parlamentar no dia 22 de dezembro, o que adiaria a discussão até, pelo menos, 2 de fevereiro de 2022.

O Copom divulgou a ata da reunião da semana passada, na qual sinalizou acréscimo de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros, chegando a 9,25% ao ano. No documento o BC concluiu que a alta da Selic foi o “mais apropriado” para o momento, por conta do avanço constante da inflação no país.

O volume de serviços recuou 1,2% em outubro ante setembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo a segunda taxa negativa consecutiva. O resultado decepcionou as estimativas do Refinitv que esperavam um avanço de 0,1%.

Nos EUA, a inflação ao produtor (PPI) avançou 0,8% em novembro na comparação com outubro, segundo o Departamento do Trabalho norte-americano. O consenso do mercado era de que o indicador registrasse alta de 0,5%. O PPI acumula o maior avanço em 11 anos, com acréscimo de 9,6%.

Os investidores temem que o dado possa ter impacto na decisão do Comitê de Mercado Aberto do Banco Central dos Estados Unidos (Fomc), que se reúne a partir de hoje. Não há previsão de alta de juros no encontro desta semana, porém os investidores aguardam o comunicado da autoridade monetária.

Na Europa, a expectativa é que o Banco Central Europeu e o Banco Central da Inglaterra mantenham as medidas de estímulo, diante do avanço da variante do coronavírus, a Ômicron.

Na Ásia, os mercados fecharam em baixa na sessão à medida que os investidores avaliam o risco da nova variante, já que a China relatou seu primeiro caso da Ômicron. 

Ibovespa
O índice recuou 0,58%, aos 106.759 pontos. O volume negociado foi de R$ 25,6 bilhões

5 maiores altas do Ibovespa:

MRFG3 [+6.39%]
JBSS3 [+4.86%]
BRFS3 [+3.68%]
RAIL3 [+2.54%]
BBDC4 [+1.66%]

5 maiores quedas do Ibovespa:

BPAN4 [−11.85%]
LWSA [−11.58%]
CASH4 [−10.68%]
BIDI11 [−8.07%]
BIDI4 [−7.84%]

IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) encerrou com queda de 0,19%, aos 2.668 pontos, na sessão desta terça-feira (14). O indicador fechou com variação de 0% na segunda-feira (13).

5 maiores altas do IFIX:
VRTA11 [+2.11]
RZAK11 [+1.92]
PLCR11 [+1.87]
URPR11 [+1.55]
OUJP11 [+1.46]

5 maiores quedas do IFIX:
BTAL11 [-3.62%]
BZLI11 [-2.60%]
PVBI11 [-2.43%]
RBRL11 [-2.25%]
BRCR11 [-2.23%]    
    
Dólar
A moeda norte-americana avançou 0,34% a R$ 5,593 na compra e R$ 5,594 na venda.

Índice pela tarde

Às 17h00 (horário de Brasília) o índice recuava 0,49%, aos 106.855 pontos. O dólar avançava 0,34%, a R$ 5,69.

Às 14h36 (horário de Brasília) o principal benchmark da bolsa virava para queda de 0,41%, aos 106.940 pontos. O dólar subia 0,02%, a R$ 5,67.

Índice ao meio-dia

Às 12h (horário de Brasília) o Ibovespa reduziu os ganhos da manhã, mas registrava alta de 0,82%, aos 108.264 pontos. O dólar ampliou as perdas e recuava 0,65%, a R$ 5,63.

Estados Unidos impulsiona bolsas para baixo após a divulgação da inflação ao produtor, na qual registrou alta de 0,8% e ficou acima das estimativas do mercado. Os investidores seguem atentos à decisão do Banco Central norte-americano (Fed) prevista para esta quarta-feira (15). 

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h20 (horário de Brasília) o Ibovespa disparava 1,25%, aos 108.730 pontos, no pregão desta terça-feira (14). O dólar recuava 0,29%, a R$ 5,657.

O mercado brasileiro repercute a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), na qual elevou a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual, a 9,25% ao ano. O Copom avaliou a progressão do aumento da Selic como “apropriada”.

Além disso, os investidores receberam dados sobre o volume de serviços, que recuou 1,2% em outubro, ante a setembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), decepcionando as projeções.

Entre os destaques da Bolsa, a Alpargatas liderava os ganhos do Ibovespa com alta de 1,31%, a R$ 40,27. O índice não apresentava variações negativas, mas a Equatorial tinha a menor variação positiva, com avanço de 0,75%, a R$ 24,11.

No radar corporativo, o Banco Inter anunciou que Banco Central (BC) aprovou a sua aquisição da totalidade do capital social da Usend, companhia de tecnologia financeira sediada nos Estados Unidos.

O Índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) abriu com alta de 0,42%, aos 2.685 pontos. Na sessão de segunda-feira (13) o indicador teve recuo de 0,18%. Nesta manhã, o fundo FIGS11 liderava os ganhos do índice, com avanço de 2,21%, a R$ 53,00. Já o fundo CVBI11, encabeça as perdas com queda de 1,24%, a R$ 100,5.

Pre-abertura da Bolsa

O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira (13), interrompendo a sequência de ganhos. O índice chegou a ultrapassar 109 mil pontos durante o pregão, mas perdeu o fôlego nos ajustes finais. Entre os maiores avanços estavam as ações do setor de saúde e os papéis da Vale (VALE3), que foram beneficiados com o aumento do preço do minério de ferro no exterior.

Ainda no Brasil, o destaque desta terça-feira (14) é a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O tom mais hawkish do comunicado do órgão, neutralizado pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) – que foi mais fraco que o esperado em novembro –, pode ser reajustado com a ata. O mercado aguarda mais detalhes sobre a atividade desacelerada, vista como superficial pelo Banco Central (BC).

Além disso, sai a Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta manhã, que irá elucidar como foi a atividade econômica de outubro.

Nesta manhã, os índices futuros norte-americanos e as bolsas europeias frearam os ganhos, à medida que os mercados asiáticos fecharam com quedas generalizadas. Investidores da região estão tendo maior cautela por conta dos possíveis impactos que a Ômicron pode causar à economia.

Outro fator para o recuo na Ásia foram as preocupações envolvendo a repressão de Pequim ao endividamento de imobiliárias chinesas, que está ganhando força novamente.

Nos Estados Unidos, a previsão para desaceleração do programa de recompra de títulos, pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), é que seja encerrada em junho do próximo ano.

Na Europa, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, confirmou que pelo menos um paciente infectado pela nova variante da covid faleceu, como foi antecipado pelo InfoMoney.

Em relação às commodities, os preços do petróleo operam entre ganhos e perdas nesta manhã, em meio a um cenário de novas restrições implementadas na zona do euro e na Ásia, por conta da propagação da Ômicron.
 
 
Confira os principais índices às 7h32:
 
IFIX [-0,075%]
 
ÁSIA
Nikkei 225 [-0,73%]
S&P/A SX 200 [-0,01%]
Hang Seng [-1,33%]
Shanghai [-0,53%]
 
EUROPA
DAX [-0,10%]
FTSE 100 [+0,42%]
CAC 40 [-0,02%]
SMI [-0,03%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [+2,41%]
US 2000 [-0,52%]
US Tech 100 [-0,59%]
US 500 [-0,27%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,15%] US$ 1.785,45
Prata [-0,61%] US$ 22,192
Cobre [-0,08%] US$ 4,2810
Petróleo WTI [-0,01%] US$ 71,28
Petróleo Brent [-0,04%] US$ 74,40
Minério de ferro futuro [+3,34%] US$ 108,51

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile