
O Ibovespa, principal índice da B3, abriu o penúltimo pregão da semana em alta, engatando o segundo dia seguido de ganhos, mesmo em meio a um cenário global tenso, marcado pelas recentes movimentações de Donald Trump em relação ao Fed e à China.
Apesar de uma quarta-feira (23) marcada por uma agenda econômica mais leve no campo dos indicadores, o dia está longe de ser tranquilo. No Brasil, a temporada de balanços começa a ganhar tração.
A Usiminas (USIM5) abre os trabalhos logo pela manhã, enquanto a Vale (VALE3) divulga seus números após o fechamento do mercado.
A siderúrgica viu seu lucro crescer 9 vezes no primeiro trimestre de 2025, com um lucro líquido de R$ 337 milhões. Na comparação anual, o resultado foi 845% superior ao lucro de R$ 36 milhões registrado no mesmo período de 2024.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava um leve avanço de 0,74%, aos 133.180 pontos.
Já o dólar comercial iniciou a sessão no sentido contrário do índice, ao passo que seguia em queda frente ao real nesta quinta-feira (24), com um recuo de 0,71%, cotado a R$ 5,66.
A moeda aprofunda o movimento de desvalorização iniciado no dia anterior. A pressão vendedora sobre a moeda americana refletia o desconforto dos investidores diante do cenário instável da política comercial dos EUA, marcada pelas idas e vindas nas declarações do presidente Donald Trump, que alterna entre ameaças e recuos frequentes.
Diretores do BC em foco com falas e agenda regulatória no radar
No cenário interno, os investidores voltam suas atenções para uma série de aparições públicas de diretores do Banco Central nesta quinta-feira, que podem trazer sinais importantes sobre os rumos da política monetária e regulatória do país.
Pela manhã, às 10h, os diretores Renato Gomes, responsável pela Organização do Sistema Financeiro e Resolução, e Gilneu Vivan, da área de Regulação, apresentarão em coletiva de imprensa as prioridades regulatórias do Banco Central para os anos de 2025 e 2026.
Mais tarde, a expectativa se desloca para os Estados Unidos, onde os diretores Diogo Guillen, de Política Econômica, e Paulo Picchetti, de Assuntos Internacionais, participam de eventos distintos em Washington. As agendas ocorrem paralelamente às reuniões de primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Pré-mercado nos EUA
Nos EUA, o destaque corporativo é o balanço da Alphabet, controladora do Google. Já no campo político e econômico, os investidores ainda digerem os reflexos de um discurso mais ameno do presidente Donald Trump.
A sinalização de uma postura menos agressiva tanto em relação à China quanto ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ajudou a impulsionar os mercados na véspera. Agora, a expectativa se volta para os desdobramentos desta quinta-feira.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +1,67%
S&P 500 Futuro: +1,07%
Nasdaq Futuro: +2,50%
Agenda do dia
Indicadores
▪️ 08h00 – FGV: Prévia do IPC-S
▪️ 09h30 – EUA: Encomendas de bens duráveis em março
▪️ 09h30 – EUA: Pedidos de auxílio desemprego semanal
▪️ 11h00 – EUA: Vendas de moradias usadas em março
Eventos
▪️ 07h00 – EUA: Galípolo tem série de reuniões do G20, FMI e Banco Mundial
▪️ 12h30 – Diogo Guillen (BC) participa de evento da XP em Washington
▪️ 14h00 – EUA: Neel Kashkari participa de evento
▪️ 15h00 – Paulo Picchetti (BC) participa de evento do Itaú em Washington
▪️ 15h00 – Reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
Balanços
▪️ NY/depois do fechamento: Alphabet
▪️ Brasil/antes da abertura: Usiminas
▪️ Brasil/depois do fechamento: Vale e Multiplan