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Ibovespa: confira ações para ficar de olho em outubro

Analistas ouvidos pelo BP Money deram dicas de ações promissoras, que podem valer a pena o investimento

A volatilidade do Ibovespa em setembro chamou atenção do mercado financeiro do Brasil. Ao longo do mês, a bolsa foi influenciada por fatores internos e externos que causaram oscilação grande no seu desempenho e resultou no acumulado de perdas que fez o B3 recuar 4,18% no período.

Para outubro, o cenário pode ser diferente, já que os motivos que levaram o índice a cair no mês passado não devem se repetir, como as previsíveis alterações na taxa de juros no Brasil e no exterior, a crise chinesa e o cenário fiscal, cujo projetos da área que tramitam no Congresso Nacional devem avançar.

Tendo em vista a possibilidade de melhora no cenário, analistas ouvidos pelo BP Money deram dicas de ações promissoras, que podem valer a pena o investimento.

O chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares, elencou que as ações da Simpar (SIMH3), Arezzo (ARZZ3) e Rede D’Or (RDOR3) se beneficiam com a queda da Selic e podem surpreender.

“Estão com bastante exposição à atividade econômica Brasil, que se beneficiam com a melhora da atividade. Duas com endividamento interessante e alavancagem operacional interessante. Atividade operacional diferenciada. Dominantes no mercado. Essas são as apostas”, justificou.

Apostas em gigantes do varejo

Um dos setores mais impactados com a alta taxa de juros no Brasil é o varejista. Porém, mesmo após os seguidos cortes na Selic promovidos pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central), as empresas do ramo continuam amargando resultados desastrosos no Ibovespa.

Em setembro, as ações de gigantes do setor despencaram: Casas Bahia (BHIA3) (-53,54%), Magazine Luiza (MGLU3) (-25,72%) e Renner (LREN3) (-15,32%) são exemplos do péssimo desempenho que as companhias tiveram ao longo deste mês.

Porém, algumas empresas indicam uma saída da crise e podem ser opções de investimento em breve. Questionado sobre qual gigante do setor vale a pena ficar de olho, o especialista em finanças e investimentos, Hulisses Dias, não titubeou e colocou a Renner como promissora. Na avaliação dele, a gigante é a melhor alternativa por ser uma companhia que já vem dando sinais de um futuro próspero.

“É uma empresa que tem um histórico de boa gestão, de boa estrutura, de capital conservadora, ou seja, não é uma empresa assolada em dívidas. É uma empresa que vem fazendo recompra de suas próprias ações a preços mais altos. Acredito que as lojas Renner sejam a melhor alternativa do varejo brasileiro atualmente”, classificou.

Já o economista e CEO da Ativo Investimentos Diogo Hernandez aposta suas fichas na Magazine Luiza. Para ele, a empresa deve se recuperar numa velocidade maior da crise, embora tenha enfrentado bastante problema com seus resultados.

“Ela tem uma situação financeira um pouco mais ajustada comparado com as Casas Bahia, Americanas e outras empresas do setor. Acho que ela tem uma situação de caixa melhor que as demais e já há inclusive recomendações das casas de análises que estão começando a colocar recomendação de compra na Magazine Luiza.O investidor precisa de muita cautela na compra desses ativos porque são de bastante volatilidade e a gente não sabe ainda se chegou a um patamar final de preço”.

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