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No acumulado deste ano até o momento, o Ibovespa – principal índice acionário da Bolsa brasileira – decolou 7,47% no ano e caminha para renovar máximas históricas, conforme análise técnica do Itaú BBA.
O Ibovespa conseguiu superar três regiões de resistência importantes no pregão de sexta-feira (14), segundo a equipe liderada pelo analista Fabio Perina.
A primeira delas seria a linha de tendência de baixa desde ago-24; a segunda seria a média móvel de 200 períodos; e, por último, a resistência de curto prazo em 127.400 pontos, de acordo com o “Money Times”.
“Aeronave Ibovespa, autorizado a decolar: o pregão da última sexta, com a ultrapassagem das três resistências mencionadas, foi como se fosse a torre de controle tivesse dado a autorização para a aeronave na pista”, disse a equipe do Itaú BBA.
Além disso, o banco recordou que o Ibovespa já havia entrado em alta em 30 de janeiro ao superar os 125.400 pontos.
“Porém, a partir de agora, se não tivermos nenhum problema, o avião (Ibovespa) deve seguir sua viagem rumo ao seu destino 137.469 pontos, com uma possível parada na região dos 130 mil. Apertem os cintos, assumam riscos calculados porque é hora de subir”, projetaram.
Ainda segundo os analistas, aqueles papéis que já estão negociando acima da média de 200 períodos acabam sendo as melhores opções. Isto porque eles apresentam tendências mais consolidadas, enquanto ações que estão começando uma nova tendência de alta, são alternativas para tomada de risco.
Enquanto, por outro lado, o Ibovespa tem suporte de 123.700 pontos no lado da baixa. Se perder essa região, o movimento de realização de lucros ganhará impulso e encontrará próximos suportes em 123.100 e 122.000 pontos – patamar que sustenta a tendência de alta de curto prazo.
Ibovespa fecha com salto de quase 3%; dólar cai
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (14) com alta de 2,70% aos 128.218,59 pontos. O dólar comercial caiu 1,26%, a R$ 5,69, na semana, a queda acumulada é de 1,65%.
O Ibovespa reagiu de forma muito positiva ao fato das tarifas de Donald Trump não terem efeito imediato, ao contrário do esperado, o que deixa espaço para negociações. Além disso, os indicadores de varejo nos EUA também impactaram, e internamente os investidores já estão de olho nas eleições de 2026.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com baixa de 0,54%, a U$ 106,73.
O gás para os ganhos do Ibovespa começou com a divulgação dos dados de vendas do varejo nos EUA, que vieram com desaceleração de 0,90% em janeiro, muito maior que os 0,20% que eram esperados. Isso indica que a economia do país pode estar esfriando.
“Na minha opinião, talvez o FED não tenha tanto trabalho para conseguir fazer com que a inflação ceda por lá”, disse Marcelo Bolzan, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital.
“De uma forma geral, os ativos de risco aqui performaram bem até porque os juros futuros caíram. As ações estão subindo. Então, foi um dia bem positivo para as ações de forma geral”, prosseguiu.
Quanto às novas tarifas recíprocas de importação impostas por Donald Trump, presidente dos EUA, o fato do efeito não ser imediato, com indicações sobre necessidade de cálculo dos impactos e também sem um “contra-ataque” do governo brasileiro, por hora, causou alívio entre os investidores.